Por débora ferreira

EVERALDO BRAZ LUCIO

Uma vida dedicada ao atletismo

A

os 12 anos Everaldo Braz Lucio já sabia que o atletismo era a sua paixão. Se dedicou ao esporte e foi recompensado. Hoje com 33 anos é o maior vencedor do salto triplo em Santa Catarina. Natural de Joinville, percebeu que tinha potencial e passou a frequentar escolinha de atletismo para evoluir tecnicamente.

 

Em 1996, ainda jovem, teve o primeiro contato com o paradesporto. Foi voluntário da Associação Joinvilense para Integração dos Deficientes Visuais durante nove anos, período em que atuou como guia para atletas com deficiência visual. Em 2005 participou de um treinamento com a seleção brasileira paralímpica de atletismo, em Uberlândia (MG) e nunca mais se distanciou das grandes competições.

 

Sua primeira participação olímpica foi em em Pequin, na China, em 2008, trabalhando como staff e guia dos altetas. No papel de staff Everaldo é uma espécie de coordenador da modalidade, cuida da logística das viagens e da parte burocrática. Já enquanto guia ele é os olhos dos atletas dentro das pistas.

 

Também participou dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara e do Mundial de Atletismo Paralímpico na Nova Zelândia, ambos em 2011, da Olimpíada de Londres, em 2012, do Mundial de Atletismo Paralímpico, na França, em 2013 e do Pan-Americano de Toronto, no ano passado. Ainda em 2015, foi campeão mundial de salto em distância como guia da atleta Silvânia Costa de Oliveira. E 2016 promete fortes emoções.

Everaldo passou a técnico da seleção brasileira de atletismo este ano, está na contagem regressiva para as Paralimpíadas e ainda tem a bonita missão de carregar a tocha olímpica.

 

-Tive e tenho grandes profissionais e mestres trabalhando comigo. Ser escolhido como técnico da seleção é uma sensação de reconhecimento do trabalho e muita satisfação pelo que faço. E carregar a tocha olímpica em Joinville, anunciando os jogos, é muito gratificante porque foi lá que comecei a minha história no esporte – reconhece.

O ano deve encerrar com mais emoção para o treinador, que vai para a sua terceira Paralimpíada.

 

-Cada competição é como se fosse a primeira. Os jogos no Rio serão especiais porque será a minha primeira vez como técnico, uma experiência que não dá para explicar – emociona-se ao lembrar do esforço empreendido para conquistar os sonhos.