Por débora ferreira

EMANUELLY OLIVEIRA

Ela sonha 
jogar na WNBA

S

e as mães criam os filhos para o mundo, Janaína Rúbia Oliveira é um bom exemplo disso. Mãe de Emanuelly Oliveira, 16 anos, sabe que precisa apoiar as decisões da filha e torcer pela sua felicidade, mesmo que isso implique em muita saudade. A jovem Emanuelly é apaixonada por basquete e sempre deixou claro que gostaria de ser uma jogadora profissional da WNBA, a Associação Nacional de Basquetebol Feminino dos Estados Unidos.

 

A garota começou a treinar cedo, aos 11 anos, jogando pelo time de Criciúma, sua cidade natal. E tamanha dedicação já começa a ser recompensada. Emanuelly foi escolhida para conduzir a tocha olímpica em Criciúma por ser um exemplo de amor ao esporte e uma grande promessa local.

 

-Tudo dela é relacionado ao basquete. A Emanuelly tem pôsters nas paredes do quarto, uma cestinha em cima da cama para ficar treinando, quando está em casa tem bolas espalhadas por todo lado. Fiquei muito emocionada quando soube que ela iria carregar a tocha. A expectativa está grande, estamos reunindo familiares para acompanhar esse momento especial – explica a mãe da jovem atleta.

 

Emanuelly nasceu para voar alto. A menina de 1,80m faz parte da seleção brasileira de basquete sub-16, participou de competições internacionais e passou três meses morando nos Estados Unidos.

 

-Apesar de ter me machucado, a experiência foi muito boa porque pude ver como é o basquete americano – conta a jovem atleta, que volta no final deste ano para seguir treinando em solo americano pelo time do colégio Wasatch.

 

Janaína diz que sente muita saudade da filha quando ela está longe de casa, mas procura não falar sobre o assunto quando Emanuelly liga. Ela acredita que a sua tarefa enquanto mãe é poiá-la e manter o foco da garota em seu sonho, sem apelar para sentimentalismos.

 

-Quando ela reclama que está cansada, com saudades, tento mostrar que tudo isso vai passar e que faz parte do maior desejo da vida dela. Preciso agir assim, se eu apelar para o lado sentimental vou acabar com o sonho da Emanuelly – se abre.

 

Sem perder de vista a WNBA, a jogadora comemora a boa fase:

-Jogar pela seleção brasileira é a realização de um sonho e a certeza de que os treinamentos estão dando resultado. Aprendo que o esforço vale a pena para representar o meu país.