Há quase uma década, a bancária Maria de Lourdes Kempf começou algo que transformou sua vida para sempre. Ela resolveu não apenas assistir, admirar e acompanhar o trabalho de gente que dedicava parte de sua vida para outras pessoas, mas participar ativamente de ações sociais.
Mudar o mundo à sua volta à sua maneira. Um dos passos foi buscar espaço dentro de uma ONG que tem pouco mais de duas décadas de atuação e que estava totalmente ao alcance de Maria de Lourdes, no próprio trabalho dela.
A ONG Moradia e Cidadania foi fundada em 1993 pelos funcionários da Caixa, com a missão de levar educação, geração de trabalho e renda e apoio a outras ações de combate à fome e à miséria.
– Não é apenas dar dinheiro ou doar algo. Não é assistencialismo. A gente quer mostrar como a pessoa pode ser agente, melhorar a própria vida – diz a bancária, que envolveu até a filha Vitória, de 12 anos.
Maria de Lourdes coordena o núcleo de Joinville da ONG. Os projetos que a Moradia e Cidadania ajuda e promove vão de cursos de costura para donas de casa na zona Oeste ao emocionante trabalho em conjunto com o Instituto de Pesquisa da Arte pelo Movimento (Impar), com crianças e adultos com deficiência intelectual.
No dia a dia de Maria de Lourdes, na rotina de cálculos, relatórios, contatos e toda a burocracia que envolve o trabalho em um banco, agora sobra tempo para a solidariedade.
O grupo que faz parte da ONG em Joinville ainda é pequeno. São seis pessoas entre mais de 600 funcionários da Caixa. Mas os resultados são a prova de que é possível fazer muito com pouco.
Em 2016, três projetos têm a participação direta dos funcionários da Caixa liderados por Maria de Lourdes.
O maior deles é o Projeto Criança e seus Amigos, em conjunto com a Sociedade Espírita Samaritanos de Maria (Sesma), realizado no último sábado de cada mês. As famílias assistidas pelo projeto recebem palestras, orientações e doações do grupo. Nas ações, a bancária dá lugar à mãe Maria de Lourdes. Com a filha Vitória, ela e o grupo da ONG montam pequenas apresentações teatrais que envolvem palhaços e personagens infantis.
Os outros projetos são o Geração Esperança, que trabalha com mães, especialmente gestantes, e o trabalho conjunto com o Impar.
– A gente precisa estar aberta para a vida, para as pessoas, para essas ações, que são maravilhosas e nos ensinam muito – diz, emocionada, a voluntária.
A gente precisa estar aberta para a vida, para as pessoas, para essas ações, que são maravilhosas e nos ensinam muito.