Funcionária pública da área de saúde do município, Margarete Senóbio, de 62 anos, virou voluntária e hoje é exemplo para outros colegas. Ela lidera um evento anual, um bazar que arrecada fundos, que são repassados para mães carentes da zona Leste de Joinville.

 

– Todo ano, nós fazemos um café beneficente, com sorteio de brindes. É a nossa maneira de ajudar, de colaborar, de fazer a nossa parte – diz.

 

Ela reúne e lidera outras mulheres voluntárias de vários bairros da cidade, principalmente do Iririú. Se faz um doce diferente em casa, leva para entidades ou para quem precisa. Se está produzindo alguma peça de tricô ou crochê, já pensa em quem poderia ser beneficiado com o produto. E até o marido, 12 anos mais velho do que ela, está envolvido nas atividades. Se tem uma caixa-d’água que não está funcionando muito bem ou um esgoto que precisa ser desentupido, lá vai ele ajudar a consertar.

 

Entre os outros voluntários envolvidos nas atividades de que ela participa, Margarete é sinônimo de serviço. Se tem uma feijoada beneficente, ela e o marido ajudam desde a preparação dos alimentos até a hora de servir. Sem cansar, sem reclamar, sempre sorrindo, brincando e ajudando os outros.

Para tanta disposição para ajudar os outros, a funcionária pública tem uma arma: a fé.

 

– Se as irmãs precisam de carne para o almoço, a gente sabe que Deus providencia. A gente sabe que os vizinhos, os parentes, os amigos, os contatos se unem. Cada um dá R$ 10 e a carne vai estar na mesa.

 

Outra característica de Margarete que chamou a atenção de outras voluntárias é o sentimento de que sempre é possível fazer mais.

 

– Eu acho que é pouco o que faço. A gente poderia fazer mais. Quem faz algo pelo outro sempre fica com o sentimento de que poderia ajudar mais.

Eu acho que é pouco o que faço. A gente poderia fazer mais. Quem faz algo pelo outro sempre fica com o sentimento de que poderia ajudar mais.