edu Lobo e Marília Medalha

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9.dez, 1968 | Teatro Record Centro

4º FESTIVAL

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São, São Paulo Meu Amor

Tom Zé

São, São Paulo meu amor

São, São Paulo quanta dor

São oito milhões de habitantes

De todo canto em ação

Que se agridem cortesmente

Morrendo a todo vapor

E amando com todo ódio

Se odeiam com todo amor

São oito milhões de habitantes

Aglomerada solidão

Por mil chaminés e carros

Caseados à prestação

Porém com todo defeito

Te carrego no meu peito

São, São Paulo

Meu amor

São, São Paulo

Quanta dor

Salvai-nos por caridade

Pecadoras invadiram

Todo centro da cidade

Armadas de rouge e batom

Dando vivas ao bom humor

Num atentado contra o pudor

A família protegida

Um palavrão reprimido

Um pregador que condena

Uma bomba por quinzena

Porém com todo defeito

Te carrego no meu peito

São, São Paulo

Meu amor

São, São Paulo

Quanta dor

Santo Antonio foi demitido

Dos Ministros de cupido

Armados da eletrônica

Casam pela TV

Crescem flores de concreto

Céu aberto ninguém vê

Em Brasília é veraneio

No Rio é banho de mar

O país todo de férias

E aqui é só trabalhar

Porém com todo defeito

Te carrego no meu peito

São, São Paulo

Meu amor

São, São Paulo

Memórias de Marta Saré

Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri

A casa lá na fazenda

A lua clareando a porta

Deixando um brilho claro

Nas pedras dos degraus

Cristal de lua

Pra dentro, Marta Saré

Pra dentro, Marta Saré

Pra dentro, Marta Saré

Pra dentro...

O rosário obrigatório

O jantar, lá na cozinha

Todo dia à mesma hora

As histórias de Dorinha

Pra dentro, Marta Saré

Pra dentro, Marta Saré

Pra dentro, Marta Saré

Pra dentro

Pra dentro

A lanterna azul partida

A dor, a palmatória, a raiva

A cantiga mais sentida

Um galope de cavalo

Moço Severino

Pra dentro, Marta Saré

Pra dentro, Marta Saré

Pra dentro, Marta Saré

Pra dentro

Bate forte o coração

Dor no peito magoado

O sorriso mais sem jeito

Do primeiro namorado

Pra dentro, Marta Saré

Pra dentro, Marta Saré

Pra dentro, Marta Saré

Pra dentro

Pra dentro

Divino, Maravilhoso

Caetano Veloso e Gilberto Gil

Atenção ao dobrar uma esquina

Uma alegria, atenção menina

Você vem, quantos anos você tem?

Atenção, precisa ter olhos firmes

Pra este sol, para esta escuridão

Atenção

Tudo é perigoso

Tudo é divino maravilhoso

Atenção para o refrão

É preciso estar atento e forte

Não temos tempo de temer a morte (2x)

Atenção para a estrofe e pro refrão

Pro palavrão, para a palavra de ordem

Atenção para o samba exaltação

Atenção

Tudo é perigoso

Tudo é divino maravilhoso

Atenção para o refrão

É preciso estar atento e forte

Não temos tempo de temer a morte (2x)

Atenção para as janelas no alto

Atenção ao pisar o asfalto, o mangue

Atenção para o sangue sobre o chão

Atenção

Tudo é perigoso

Tudo é divino maravilhoso

Atenção para o refrão

É preciso estar atento e forte