Geraldo Vandré

FOTo: Agência o globo

3º FESTIVAL INTERNACIONAL

DA CANÇÃO (FIC)

29.set, 1968 | Maracanãzinho (RJ)

vencedores

 
MENU  ESPECIAIS ZH

Últimos Especiais  ZH

sabiá

Chico Buarque e Tom Jobim

Vou voltar

Sei que ainda vou voltar

Para o meu lugar

Foi lá e é ainda lá

Que eu hei de ouvir cantar

Uma sabiá

Vou voltar

Sei que ainda vou voltar

Vou deitar à sombra

De um palmeira

Que já não há

Colher a flor

Que já não dá

E algum amor Talvez possa espantar

As noites que eu não queira

E anunciar o dia

Vou voltar

Sei que ainda vou voltar

Não vai ser em vão

Que fiz tantos planos

De me enganar

Como fiz enganos

De me encontrar

Como fiz estradas

De me perder

Fiz de tudo e nada

De te esquecer

Vou voltar

Sei que ainda vou voltar

E é pra ficar

Sei que o amor existe

Não sou mais triste

E a nova vida já vai chegar

E a solidão vai se acabar

E a solidão vai se acabar

Pra não Dizer que não Falei das Flores

Geraldo Vandré

Caminhando e cantando e seguindo a canção

Somos todos iguais braços dados ou não

Nas escolas nas ruas, campos, construções

Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora, que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Pelos campos há fome em grandes plantações

Pelas ruas marchando indecisos cordões

Ainda fazem da flor seu mais forte refrão

E acreditam nas flores vencendo o canhão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Há soldados armados, amados ou não

Quase todos perdidos de armas na mão

Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição

De morrer pela pátria e viver sem razão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas, campos, construções

Somos todos soldados, armados ou não

Caminhando e cantando e seguindo a canção

Somos todos iguais braços dados ou não

Os amores na mente, as flores no chão

A certeza na frente, a história na mão

Caminhando e cantando e seguindo a canção

Aprendendo e ensinando uma nova lição

Vem, vamos embora, que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

ANDANçA

Danilo Caymmi, Edmundo Souto e Paulinho Tapajós

Vim tanta areia andei

Da lua cheia eu sei, uma saudade imensa

Vagando em verso eu vim vestido de cetim

Na mão direita rosas vou levar

Olha a lua mansa a se derramar

Ao luar descansa meu caminhar

Meu olhar de festa se fez feliz

Lembrando a seresta que um dia eu fiz

Já me fiz a guerra por não saber

Que esta terra encerra meu bem querer

E jamais termina meu caminhar

Só o amor me ensina onde vou chegar

Rodei de roda andei, dança da moda eu sei

Cansei de se sozinha

Verso encantado usei, meu namorado é rei

Nas lendas do caminho

Onde andei

No passo da estrada só faço andar

Tenho a minha amada a me acompanhar

Vim de longe léguas cantando eu vim

Já não faça tréguas, sou mesmo assim

Contracanto:

Me leva amor

Amor

Me leva amor

Por onde for quero ser seu par