2º FESTIVAL INTERNACIONAL

DA CANÇÃO (FIC)

22.out, 1967 | Maracanãzinho (RJ)

vencedores

Milton Nascimento

FOTo: BD

 
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margarida

Gutemberg Guarabyra

Andei, terras do meu reino em vão

Por senhora que perdi

E por quem fui descobrir

Não me crer mais rei e aqui me encerrei

Sou cantor e cantarei

Que em procuras de amor morri, ai

Dor que no meu tempo dói

Que destróes assim de mim

Bem sei que eu achei enfim

E que adianto a dor

Mas me queimou

Pois por não saber de amor

Ela ainda rainha está

E ela está em seu castelo, olê, olê, olá

E ela está em seu castelo, olê, seus cavaleiros

Ora peçam que apareça

Pois por mais que eu ofereça

Mais que evita essa senhora

Eu já fui rei, já fui cantor

Vou ser guerreiro, um perfeito cavaleiro

Armadura, escudo, espada

Pra seguir na escalada,

Belo motivo, é por amor que vou lutando

E pelas pedras do castelo

Como eu já vou retirando

E retirando uma pedra, olê, olê,olá

Mais uma pedra não faz falta, olâ, seus cavaleiros

Que ainda correm pelo mundo

Ouçam só por segundo, eu acabo de vencer

Retirei pedras de orgulho, majestades,

Deixei todas de humildades, de amores sem reinado

Ela então se me rendeu

Eu já fui rei, já fui cantor, já fui guerreiro

E agora enfim sou companheiro

Da mulher que apareceu

E apareceu a Margarida, olê, olê, olá

E apareceu a Margarida, olê, seus cavaleiros

travessia

Milton Nascimento e Fernando Brant

Quando você foi embora fez-se noite em meu viver

Forte eu sou, mas não tem jeito

Hoje eu tenho que chorar

Minha casa não é minha e nem é meu este lugar

Estou só e não resisto, muito tenho pra falar

Solto a voz nas estradas, já não quero parar

Meu caminho é de pedra, como posso sonhar

Sonho feito de brisa, vento vem terminar

Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida me esquecendo de você

Eu não quero mais a morte, tenho muito o que viver

Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer

Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas, já não quero parar

Meu caminho é de pedra, como posso sonhar

Sonho feito de brisa, vento vem terminar

Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida me esquecendo de você

Eu não quero mais a morte, tenho muito o que viver

Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer

Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

Carolina

Chico Buarque

Carolina

Nos seus olhos fundos

Guarda tanta dor

A dor de todo esse mundo

Eu já lhe expliquei que não vai dar

Seu pranto não vai nada mudar

Eu já convidei para dançar

É hora, já sei, de aproveitar

Lá fora, amor

Uma rosa nasceu

Todo mundo sambou

Uma estrela caiu

Eu bem que mostrei sorrindo

Pela janela, ói que lindo

Mas Carolina não viu

Carolina

Nos seus olhos tristes

Guarda tanto amor

O amor que já não existe

Eu bem que avisei, vai acabar

De tudo lhe dei para aceitar

Mil versos cantei pra lhe agradar

Agora não sei como explicar

Lá fora, amor

Uma rosa morreu

Uma festa acabou

Nosso barco partiu

Eu bem que mostrei a ela

O tempo passou na janela

Só Carolina não viu

Eu bem que mostrei a ela

O tempo passou na janela

Só Carolina não viu