Elis Regina

FOTo: BD

1º.jun, 1968 | Teatro Record Centro (SP)

1º BIENAL

DO SAMBA

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LAPINHA

Baden Powell e Paulo César Pinheiro

Quando eu morrer

Me enterre na Lapinha

Calça, culote, paletó, almofadinha

Vai, meu lamento, vai contar

Toda a tristeza de viver

Ai... a verdade sempre trai

E, às vezes, traz um mal a mais

Ai... só me fez dilacerar

Ver tanta gente se entregar

Mas não me conformei

Indo contra a lei

Sei que não me arrependi

Tenho um pedido só

Último, talvez, antes de partir

Quando eu morrer

Me enterre na Lapinha

Calça, culote, paletó, almofadinha

Sai, minha mágua, sai de mim!

Há tanto coração ruim

Ai... é tão desesperador

O amor perder pro desamor

Ah... tanto erro eu vi, meu bem!

E, como perdedor, gritei

Que eu sou um homem só

Sem poder mudar

Nunca mais vou lastimar

Tenho um pedido só

Último, talvez, antes de partir

Quando eu morrer

Me enterre na Lapinha

Calça, culote, paletó, almofadinha

Adeus, Bahia, Zumzumzum

Cordão de Ouro

Eu vou partir porque mataram meu bezouro

Quando eu morrer

Me enterre na Lapinha

Calça, culote, paletó, almofadinha

Quando eu morrer

Me enterre na Lapinha

Calça, culote, paletó, almofadinha

Adeus, Bahia, Zumzumzum

Cordão de Ouro

Eu vou partir porque mataram meu bezouro

Zumzumzum...ê meu bezouro

Zumzumzum... cordão de ouro

BOM TEMPO

Chico Buarque

Um marinheiro me contou

Que a boa brisa lhe soprou

Que vem aí bom tempo

O pescador me confirmou

Que o passarinho lhe cantou

Que vem aí bom tempo

Do duro toda semana

Senão pergunte à Joana

Que não me deixa mentir

Mas, finalmente é domingo

Naturalmente, me vingo

Eu vou me espalhar por aí

No compasso do samba

Eu disfarço o cansaço

Joana debaixo do braço

Carregadinha de amor

Vou que vou

Pela estrada que dá numa praia dourada

Que dá num tal de fazer nada

Como a natureza mandou

Vou

Satisfeito, a alegria batendo no peito

O radinho contando direito

A vitória do meu tricolor

Vou que vou

Lá no alto

O sol quente me leva num salto

Pro lado contrário do asfalto

Pro lado contrário da dor

Um marinheiro me contou

Que a boa brisa lhe soprou

Que vem aí bom tempo

Um pescador me confirmou

Que um passarinho lhe cantou

Que vem aí bom tempo

Ando cansado da lida

Preocupada, corrida, surrada, batida

Dos dias meus

Mas uma vez na vida

Eu vou viver a vida

Que eu pedi a Deus

Pressentimento

Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho

Você me invadiu

Me tirou do sério

O que fazer do seu doce mistério

Que só me dá prazer?

E eu tentei resistir

Mas no fim das contas me perdi

Você me ganhou

Entreguei os pontos

Me saciei nos momentos mais tontos

Éramos eu e você

Tudo de nós

A mesma voz

O mesmo suor

O amor feito em luz e som

Quando eu me lembro

Tremo

Foi tão bom

Você me espanta

Me endoida e encanta

Tentação

Você me ganhou

Entreguei os pontos

Me saciei nos momentos mais tontos

Éramos eu e você

Tudo de nós

A mesma voz

O mesmo suor

O amor feito em luz e som

Quando eu me lembro

Tremo

Foi tão bom

Você me espanta

Me endoida e encanta

Tentação