uem acha que máquinas não combinam com metal devia jogar um computador pela janela para ver o estrondo que faz. É lógico que, em determinado momento, sequenciadores, sintetizadores e programações profanariam o solo sagrado das guitarras para produzir um ambiente distópico, onde paranoia é precaução e depressão se alimenta com pílulas autorizadas pela agências reguladoras. Inserções de ruídos e áudios de filmes acrescentam mais caos no tratamento, forjando um estado de desordem que não passa de ilusão. No fundo, a organização impera entre os operários do barulho – só não chamei de “som mecânico” para a turma não achar que eu estava me referindo a DJs e seus eletrodomésticos mágicos.