LEANDRO MINI JORDAN Astro local: Leandro Mini Jordan é o cara 
do basquete nos Ingleses
E

le tem 1,72m de altura, mas isso nunca o impediu de se destacar em um esporte dominado pelos altões. Com arremessos precisos, roubadas de bola e visão para armar estratégias de jogo, Leandro Garcia Peres, 25 anos, conquista seu espaço no basquete.

   O amor de Leandro pelo esporte está marcado no braço. São duas tatuagens: uma bola de basquete pegando fogo e o símbolo do Michael Jordan, astro
do baquete mundial. A habilidade do rapaz é tanta,
que em referência ao jogador ele ganhou o apelido
de “Mini Jordan”.

– Esse apelido veio porque sempre sou o menor do time. Isso às vezes me atrapalha, mas como jogo na posição de armador, consigo me virar, tenho bastante controle de bola – explica.

Leandro se mudou com a família de Santos para Florianópolis quando tinha nove anos. Ele recorda que lá gostava de assistir a jogos de basquete, mas nunca tinha se arriscado a jogar. Seus primeiros passos no esporte começaram aos 15 anos, batendo bola com amigos em uma quadra no bairro Ingleses. Sua habilidade chamou a atenção e logo começaram a surgir convites e oportunidades para jogar em times amadores e fazer viagens pelo Brasil.

– Viajei para o Rio de Janeiro, participei do campeonato da Red Bull e da Central Única de
Favelas (Cufa). O basquete mudou muitas coisas na minha vida, pude conhecer muita gente, viajar pelo Brasil. Se não fosse pelo basquete, não teria tido as oportunidades que tive – avalia.

 

Raio X

Nome: Leandro Garcia Peres

 

Idade: 25 anos

 

Comunidade: Ingleses – Florianópolis

 

Talento: basquete

 

Finalista do Globetrotter brasileiro

Uma das experiências mais marcantes que Mini teve com o basquete foi ficar entre os 10 finalistas do concurso para escolha de um Globetrotter Brasileiro, em 2010. O time Halem Globetrotetters é uma lenda no basquete mundial, conhecido pelas exibições nos shows de basquete com jogadas mirabolantes, com muita criatividade e diversão para quem assiste. Durante uma semana e meia, Leandro ficou confinado em uma casa com outros atletas aprimorando sua técnica com os treinadores do time:

– Foi uma experiência muito boa e diferente. Os caras são muito bons, treinam para isso. Em uma semana aprendi mais do que em um ano. Tem o show, mas também tem a parte do jogo mesmo, em que se treina muito fundamento – conta.

Depois dessa experiência, até surgiram algumas oportunidades de tentar carreira no exterior, mas a falta de dinheiro e algumas lesões acabaram colocando o sonho de lado. Atualmente o rapaz trabalha em uma loja de skates e treina basquete três vezes por semana:

– Aqui no Brasil é complicado. Mas ainda tenho vontade de viver do basquete se surgir alguma coisa.

 

Se não fosse pelo basquete, não teria tido as oportunidades que tive.

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