batida, a sensualidade e o ritmo caliente chamaram a atenção de Juan Gerson Carvalho Nunes, 22 anos, quando um amigo o apresentou a um tipo de música que faz muito sucesso nos países latinos. Ali surgiu a identificação e o encantamento, e o jovem escolheu seu caminho: de Juan passou a “Di Juan”, e o reggaeton, a sua vida.
O jovem de origem humilde, nascido e criado no Morro da Mariquinha, em Florianópolis, tinha 18 anos quando conheceu o gênero. Mas o gosto pela música começou muito antes, ainda na infância. Na casa simples com vista privilegiada para o mar e toda a cidade, era o cantor da família. Fazia apresentações nas tardes de sábado. Aos nove anos entrou para
o coral no Instituto Estadual de Educação – maior escola pública do Estado –, no pé do morro onde
ele vive até hoje.
Do coral infantil subiu para o adulto, e sob a regência do maestro Robson Medeiros, que sempre o incentivou, teve a oportunidade de fazer solos em apresentações e reger um coral:
– Quando cantei sozinho em um palco pela primeira vez, vi que ali era o lugar que eu queria estar – conta.
Do reggaeton surgiu a inspiração para, além de cantar, escrever as letras com as temáticas do mundo que o cerca: a vida no morro, o ritmo, a diversão com a galera, a falta de grana, as festas, a mulherada. Depois disso não parou mais, e com os amigos formou o selo Lado Sul Records, para apoiar artistas independentes de ritmos urbanos.
Nome: Juan Gerson Carvalho Nunes – Di Juan
Idade: 22 anos
Comunidade: Morro da Mariquinha – Florianópolis
Talento: cantor de reggaeton
NAS REDES
Contato: (48) 9126-5854
Há quatro anos cantando reggaeton, Di Juan está num momento decisivo da carreira. Durante muito tempo, trabalhou com carteira assinada, nas mais diversas funções, para juntar dinheiro suficiente e investir no seu sonho de cantor. Com poucos recursos mas muita disposição, correu atrás de apoio de casas noturnas, contratou dançarinas, ganhou ajuda dos amigos e o clipe da música Toda Caliente, sua primeira composição junto com o cantor Fagner Nassa, foi gravada:
– Um amigo cinegrafista e que edita vídeos fez um preço bem mais em conta, e conseguimos produzir um material muito legal, porque eu queria uma coisa bem feita, com tratamento. Aproveitamos também os cenários de Floripa, e até paramos o trânsito – contou, animado.
No boné, costurou a hashtag #ATPFA, as iniciais do nome do álbum recém-lançado: “Arriscando tudo para fazer acontecer”. Agora, luta para divulgar seu trabalho e conseguir reconhecimento. Os primeiros frutos do talento e dedicação já vieram com a indicação em sete categorias do melhor do ano no Reggaeton 2015:
– Com a ajuda dos meus seguidores, que votaram muito, ganhei três prêmios: melhor cantor, artista revelação e melhor clipe – conta.
O apoio dos amigos e família são essenciais na vida e carreira de Di Juan. Ao falar no assunto, ele não consegue conter a emoção:
– A gente tem que fazer escolhas e acaba se colocando num espaço em que você é negado o tempo todo. Por isso, esse apoio é essencial para conseguir se manter. Meu sonho é levar minha música para todo o mundo – diz, emocionado.
Apoio é essencial para conseguir se manter. Meu sonho é levar minha música para todo o mundo.
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