Natália Zilio Vôlei Feminino Força e superação rumo ao tricampeonato

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Olimpíada no Rio terá um gostinho especial para Natália. Esta será a segunda participação da atleta em Jogos Olímpicos. Em Londres, ela ajudou a equipe a conquistar o bicampeonato olímpico após se recuperar de duas cirurgias para retirada de um tumor na canela. Totalmente recuperada e em grande fase, Natália é hoje referência no time brasileiro comandado por José Roberto Guimarães.

 

Nascida em Ponta Grossa-PR, mas criada em Joaçaba desde bebê, Natália hoje está mais experiente. Aos 27 anos, a jogadora terminou a última edição da Superliga como a segunda maior pontuadora do torneio, com 394 pontos. Em entrevista ao DC, a atleta relembra momentos de quando morava em SC, do que evoluiu de 2012 para cá e como está a sua preparação para os Jogos.

 

 

Qual a sua expectativa para Rio 2016?

Acredito que será uma experiência incrível para todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos do Rio. A possibilidade de disputar os Jogos dentro do Brasil e diante da nossa torcida é única.

 

 

O que você pode falar sobre a sua evolução dos Jogos de Londres para cá?

Aprendi muito com a experiência de Londres. Estava vindo de duas cirurgias e foi muito difícil todo o processo de recuperação para conseguir chegar em condições de saltar. Foi um momento de muita superação e preciso agradecer a todos que me apoiaram no processo. Acredito que evoluí de Londres para o momento atual. Fiz uma boa Superliga e estou me dedicando muito a cada dia para chegar na melhor forma possível em agosto.

 

 

O vôlei feminino é novamente favorito a sair dos Jogos com uma medalha. Quais adversários que podem fazer frente ao Brasil?

É difícil citarmos apenas alguns nomes. O voleibol está muito equilibrado. Seleções como EUA, China, Sérvia, Rússia e Japão fizeram um bom ciclo olímpico e chegam bem para os Jogos, mas também não podemos deixar de citar novas forças como Holanda e República Dominicana.

 

 

Além de algumas peças, claro, o que muda do time campeão em Londres para o time que vai lutar pelo tricampeonato?

Acredito que somos um time que mescla experiência e juventude. Mantivemos uma base em relação aos Jogos de Londres e vamos em busca da melhor colocação possível no Rio.

 

 

Você fez uma temporada muito boa na última Superliga, mostrou muita segurança na recepção e defesa. O que foi trabalhado com você especificamente nestes fundamentos?

Tenho treinado muita recepção e defesa tanto no Rexona-AdeS quanto na seleção. Sempre buscamos evoluir e isso que tenho feito diariamente. Muitas vezes fico depois dos treinos para melhorar minha recepção, mas isso faz parte da vida do atleta.

 

 

Hoje vemos você usando mais a cabeça, trabalhando mais a bola e não só usando a força física, uma das suas principais características. É dessa forma que você pretende passar pelos bloqueios adversários?

Acho que estou ficando um pouco mais experiente (risadas). É importante para o atacante variar o ataque e tento fazer isso nos jogos e nos treinos.

 

 

Você nasceu no Paraná, mas foi criada e começou a jogar vôlei em Joaçaba. Quais as principais lembranças de quando jogava lá?

Lembro no meu início no vôlei no Colégio São José. Eu era uma das meninas mais altas e um professor chamado César Carvalho me chamou para jogar vôlei no núcleo da Associação Joaçabense de Voleibol e foi neste momento que toda a minha história começou.

 

 

Vai ter torcida de Joaçaba nas Olimpíadas?

Espero que sim! Acredito que todos vão estar torcendo pelo esporte brasileiro.

 

 

Você imaginava chegar tão longe como atleta?

Tudo na minha carreira aconteceu muito rápido. Claro que tinha sonhos, mas no início não imaginava que chegaria tão longe. Sou muito realizada com tudo que aconteceu na minha carreira, mesmo os momentos difíceis como as contusões que me ajudaram a evoluir.

 

 

Como gosta de passar suas horas vagas, quando não está treinando?

Gosto de assistir séries como “How to Get Away With Murder”, ir ao cinema e escutar música.