Eduarda Amorim Handebol Feminino Melhor do mundo em quadra para ajudar o Brasil

É

de Santa Catarina um dos maiores nomes do handebol mundial. Aos 29 anos, Eduarda Amorim, de Blumenau, está ansiosa para entrar em quadra e disputar a sua terceira olimpíada. A catarinense espera, dessa vez, sair dos Jogos do Rio de Janeiro com uma medalha no peito. A medalha olímpica é a que falta em sua coleção, pois a de campeã mundial ela já tem, assim como o título de melhor jogadora de handebol do planeta. Já são 18 anos de dedicação ao esporte e 10 à seleção brasileira. Em entrevista por e-mail, Duda conta um pouco da preparação para os Jogos e de como é sua vida na Hungria, onde está há sete temporadas.

 

 

Qual a expectativa para a Olimpíada no Brasil?

São boas, estamos trabalhando bastante. Nossa equipe não teve uma experiência muito boa no último mundial, e isso tem um lado bom também, pois sinto que estamos mais focadas. Nos reuniremos mais três vezes antes da Olimpíada, fora os treinos extras que temos feito pela seleção. Então acredito que será uma boa competição para nós. Estamos ansiosas e esperamos ter o ginásio cheio nos nossos jogos.

 

 

Sente algum tipo de pressão por já ter sido a melhor do mundo e pelo handebol ser uma das modalidades com mais chances de medalha?

Com certeza existe uma pressão. A melhor maneira que lido com isso é fazendo todo o necessário para me preparar. A consciência tranquila traz a frieza que os momentos de grande pressão demandam. E também estamos em um grupo bom, onde a ajuda foi sempre prioridade. Nos momentos difíceis temos uma a outra para nos apoiar e lógico a ajuda da torcida em casa.

 

 

Quais são os grandes adversários do Brasil?

Todos que estão participando praticamente. Noruega é a principal favorita, mas no feminino o campeonato é bem equilibrado. Então tudo pode acontecer.

 

 

Esta será a sua terceira Olimpíada. O que a Duda de Pequim/2008 tem de diferente da Duda que vai para o Rio?

Com certeza, a primeira estava bastante tempo no banco, não tinha grande responsabilidade. Na segunda, eu tinha mais responsabilidade, mas não era madura o suficiente e não me sentia bem dentro do grupo e nem confortável com a comissão (técnica). Hoje bastante coisa mudou. Eu tenho mais experiência, o grupo também amadureceu. Nos conhecemos há bastante tempo e hoje acreditamos que podemos fazer diferente de Londres.

 

 

Você já está na Hungria há bastante tempo... Como é a sua vida no país e do que mais sente falta do Brasil?

Estou há sete anos aqui. É uma vida tranquila, a cidade é bonita, bem organizada. Moro com meu marido e temos um cachorro. Vivo em Gyor que é bem localizada, então se tenho algum dia livre posso passear em Viena, Budapeste. Mas praticamente vivo a rotina do esporte. Muitos treinos, muitos vídeos e muitos jogos.  O meu clube é bem profissional, então dedico bastante tempo da minha vida para manter o alto nível. Do Brasil eu sinto falta da vida social, encontros com a família e amigos. E lógico, da comida!