Um grande benefício à saúde quando realizada em um ambiente hospitalar que reduz os riscos Saiba mais sobre a tomografia computadorizada

Cuidar da saúde, mesmo de forma preventiva, muitas vezes leva a situações desconfortáveis para os pacientes. Certos exames são rodeados por mitos sobre riscos que aumentam esse desconforto e a Tomografia Computadorizada é um deles. Com o objetivo de captar imagens em alta definição de estruturas específicas do corpo, esse exame criado na década de 1970 é feito por meio de raios X. Ele leva de 10 a 20 minutos e as indicações para sua realização são diversas, desde uma simples cefaleia até a pesquisa de tumores.

 

A tomografia pode ser indicada para auxiliar no diagnóstico de qualquer especialidade. Um dos diferenciais, por exemplo, é o estudo das artérias coronárias na prevenção do infarto. Analisando os resultados do exame, o médico pode avaliar aspectos do sistema neurológico, musculoesquelético, de medicina interna, do funcionamento cardíaco, determinar a quantidade de cálcio nas artérias, entre outros.

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Conheça os riscos da tomografia

 

Conforme Daniel Ricardo Lerch Machado, tecnólogo em radiologia do Hospital Santa Catarina de Blumenau, existem dois fatores que não devem ser ignorados: a questão da radiação e o uso do meio de contraste.

 

Em relação à radiação, o controle de dosagem é bastante rígido. Embora a tomografia tenha mais radiação do que um exame de raio X normal, esta deve ser mantida no nível mais baixo possível. Dentro desses limites, não há risco. São realizados controles de qualidade periódicos e a Vigilância Sanitária faz inspeções. Relatórios e testes são arquivados e posteriormente analisados. Caso não estejam adequados, o hospital é multado.

 

O contraste é uma substância administrada no paciente com o objetivo de melhorar a visualização dos órgãos internos para auxiliar na identificação de alterações nas imagens, o que pode indicar uma possível doença. Existem protocolos pré-definidos especificando que estruturas e patologias necessitam do meio de contraste para melhor avaliação. Mesmo assim, a decisão de usá-lo é do radiologista.

 "Antes do exame é aplicado a anamnese, um questionário prévio com o objetivo de identificar se o paciente tem algum histórico de alergia a algum medicamento ou alimento”, explica Daniel, referindo-se aos cuidados que o Hospital Santa Catarina de Blumenau costuma tomar. De acordo com ele, existem locais onde é usado um preparo antialérgico à base de corticoide para a realização da tomografia; mas não há como garantir que o paciente não tenha uma reação ao contraste. Pode haver reações leves, como náusea, vômito, coceiras; moderadas, como tontura e edema facial; ou grave, como o choque anafilático.

 

Ele enfatiza que é importante realizar o exame em um ambiente hospitalar onde exista estrutura que forneça socorro imediato e equipe médica preparada para uma resposta rápida, contando com médico socorrista-intensivista além do médico radiologista que acompanha o procedimento.

 

“Considerando as possíveis intercorrências mencionadas, torna-se fundamental que os Centros de diagnóstico por imagem apresentem estrutura de suporte adequada para o atendimento destas intervenções. Certamente um serviço integrado num complexo hospitalar oferece essa segurança necessária para um exame seguro e confiável”, enfatiza Daniel.

 

Segundo o Colégio Brasileiro de Radiologia, estudos internacionais indicam que as reações adversas graves ao exame feito com contraste iodado iônico acontecem numa proporção de 1 para cada 150 mil pacientes. Porém, o indicado é usar o não iônico, principalmente em crianças que ainda não possuem um histórico ou em pacientes mais debilitados.

 

Para minimizar os riscos de uma reação, Daniel reforça a indicação de que o paciente deve procurar um ambiente hospitalar que utilize contraste iodado não iônico, além de equipamentos de emergência, equipe médica preparada e, principalmente, uma estrutura com pronto-socorro e UTI para que nos casos mais graves outros médicos possam entrar em ação dando suporte ao radiologista.

 

Preparação e resultados

 

O preparo para fazer a tomografia vai depender do tipo de exame e da indicação médica. Se for simples, como de crânio, são necessárias cerca de três horas de jejum. Os de abdome são mais complexos. Para esses, talvez seja preciso tomar o contraste via oral ou água, que também serve como meio de contraste.

 

No Hospital Santa Catarina de Blumenau, quando os resultados da tomografia são feitos em pacientes internados, as imagens já são disponibilizadas no sistema interno para que o corpo médico possa visualizar. O radiologista faz um pré-laudo, passando as informações mais relevantes para o médico plantonista. É ele ou o médico do paciente quem apresenta o resultado. Para os pacientes externos, o tempo do resultado é combinado de acordo com a complexidade do exame. Em média 48 horas.

 

A tomografia computadorizada auxilia o médico a chegar a um diagnóstico mais preciso. Os riscos e desconfortos são menores do que se imagina, mas é preciso procurar uma equipe e serviço que ofereça maior cuidado e segurança para o paciente.