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Política  | 24/06/2009 10h08min

Conheça os 15 atos secretos que envolvem os senadores gaúchos

No total foram assinadas 663 medidas sigilosas na Casa

Entre os 663 atos secretos do Senado, 15 envolvem os senadores gaúchos, Pedro Simon (PMDB), Paulo Paim (PT) e Sérgio Zambiasi (PTB). Confira abaixo os atos referentes a cada um deles e o contraponto dos senadores.

Pedro Simon (PMDB)

Número de atos secretos: um

O que ocorreu

No dia 14 de dezembro de 2005, conforme o Boletim nº 3.380, o senador foi incluído na comissão dos festejos pelos 180 anos do Senado. A nomeação foi posteriormente incluída na edição de 24 de janeiro de 2006 do Diário Oficial do Senado.

O que diz o senador

"Não tem nada de secreto. Esse boletim que cita meu nome foi publicado no Diário Oficial do Senado. Na segunda-feira falavam que eu estava sendo chantageado, aí agora aparece esse negócio. É muito estranho. Eu, aliás, nem me lembro direito de ter participado dessa comissão. Ou a sindicância errou ao colocar como secreto um ato que foi divulgado ou foi de propósito, só para tentarem sujar o meu nome."

Sérgio Zambiasi (PTB)

Número de atos secretos: sete promoções de servidores (constam no Boletim nº 2.709) e quatro decisões da Mesa Diretora (duas assinadas com Paulo Paim)

O que ocorreu

Promoções
De assistente parlamentar a secretário parlamentar
Sérgio Baptista Leal
Severino Silveira Martins
Carlos Siegle de Souza

De assistente parlamentar a assessora técnica
Cláudia Vaz Pinto

De assistente parlamentar a secretário parlamentar
Gerson Capuano
João Luiz Guedes
João Batista Silva Gomes

Decisões
Uma delas cria 25 cargos de direção, outra institui o pagamento de auxílio-creche e pré-escola para os funcionários do Legislativo. Duas foram assinadas com Paim, cujo teor versa sobre redações de atos legislativos.

O que diz o senador

"O fato de esses atos serem secretos é surpreendente. Desconhecíamos esse tipo de procedimento. São atos burocráticos normais, que encaminhávamos para serem publicados. Não há razão para nenhum ato ser secreto. Estou tentando levantar também tudo o que ocorreu no período, afinal entre 2002 e 2003 eu era integrante da Mesa, como 4º-secretário. Isso prova a boa-fé com que todos agimos."

Paulo Paim (PT)

Número de atos secretos: um ato que corrige erro na nomeação de dois assessores e quatro decisões da Mesa Diretora (duas assinadas com Zambiasi)

O que ocorreu

Correção de nomeação
Segundo o Boletim nº 2.994, de 12 de maio de 2004, o assessor Francisco Canindé de Oliveira estaria lotado no serviço de Arquivo do Senado, embora trabalhasse efetivamente no gabinete de Paim. Já Baltazar de Oliveira Gomes, nomeado para o gabinete do senador, estaria prestando expediente no arquivo.

Decisões
Uma delas cria um cargo de diretor na Secretaria de Comunicação do Senado. Uma segunda estipula o valor de gratificações para servidores que integram comissões internas da Casa. Outras duas foram assinadas com Zambiasi, cujo teor versa sobre redações de atos legislativos.

O que diz o senador

"Desconheço ato secreto. Nunca assinei, nunca participei de ato secreto. Essas nomeações que aparecem são atos normais. Quando a gente assume no Senado tem direito a funcionários concursados, da Casa. Eu tinha direito a cinco, fiquei com apenas três. Por uma determinação da Casa, Francisco Canindé foi encaminhado ao meu gabinete, é meu subchefe de gabinete até hoje. O Baltazar Gomes teve uma passagem pelo gabinete, mas por motivos pessoais, dispensamos os serviços dele. Para qual órgão da Casa ele foi, não sei, nem sabia que ele continuava lotado no meu gabinete. Isso tudo é um absurdo."

ZERO HORA

Comentários

Antonio Naddeo

Denuncie este comentário24/06/2009 12:16

È muito difícil compreender como, e porque, um mandatário ignore o resultado do trabalho de seus comandados.Fica-se com a impressão de que o que reina é a mais absoluta anarquia. O detentor de um cargo tão respeitável, não tem o direito de dizer que não sabe o que se passa dentro de sua área de comando sob pena de ser considerado, incompetente, burro, mentiroso, ou, o que é mais provável, LADRÃO. Em qualquer desses casos esse "Senador" não merece esse honroso título porque contribui, de forma inequívoca, para o apequenamento da instituição a que pertence. E como deve-se dar nomes aos bois comecemos pelo senhor Sarney que, a menos que se explique convincentemente, não terá o meu resapeito.

 
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