Política | 23/06/2009 17h21min
Em um pronunciamento na tarde desta terça-feira, o senador Tião Viana (PT-AC) assumiu total responsabilidade por todos os atos assinados por ele durante os quatro anos em que integrou a Mesa do Senado, mas ressaltou que em nenhum momento pediu para não serem publicados ou foi conivente para que não fossem publicados.
— Se algum criminoso não levou adiante a sua responsabilidade de publicar, de dar publicidade, como manda o artigo 37 da Constituição (princípio da publicidade e da legalidade), não é culpa minha — disse.
A matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo listou 37 parlamentares que teriam se beneficiado dos chamados atos secretos, incluindo o próprio Tião Viana e outros como Paulo Paim (PT-RS), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Pedro Simon (PMDB-RS). Ele negou que o ato que elevou a verba indenizatória tenha sido secreto, já que a imprensa e o Senado debateram intensamente o assunto à época.
Ao se defender, Tião Viana afirmou que, muitas
vezes, os parlamentares são levados a
votar emendas em Plenário sem que saibam seu verdadeiro teor, induzidos por "ato da burocracia". Tais emendas com "linguagem complicada que ninguém entende" são aprovadas e convalidam decisões que eles próprios desconhecem.
O senador sugeriu ao presidente do Senado, José Sarney, a criação de uma força-tarefa, integrada por parlamentares de todos os partidos, de servidores e dos membros da Mesa para "acompanhar e enfrentar esse momento grave do Senado".
— Essa crise não é como as outras, não é uma crise de desgaste de imagem pessoal, não é um ou outro senador atingido: é a estrutura do Senado Federal que está cambaleante, destroçada por quadrilhas que atuavam aqui e que agora começam a ser expostas e querem espalhar a contaminação para todos os 81 senadores.
As informações são da Agência Senado.
Tião Viana (centro) sugeriu a criação de uma força-tarefa para "acompanhar e enfrentar esse momento grave do Senado"
Foto:
Geraldo Magela, Agência Senado
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