Notícias

Política  | 19/06/2009 17h04min

Secretário-geral da Presidência sai em defesa de Sarney

Dulci pediu "muito respeito" por conta da "contribuição extraordinária" que o senador teria dado ao país

Os integrantes do governo Lula estão demonstrando sintonia na defesa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que está no centro de um escândalo de nomeações de parentes por meio de atos secretos.

Nesta sexta-feira foi a vez do secretário-geral da Presidência, Luiz Dulci (PT), sair em defesa do peemedebista. Dulci pediu "muito respeito" a Sarney, por conta da "contribuição extraordinária" que o senador teria dado ao país.

O PMDB de Sarney é o aliado mais disputado para a sucessão presidencial de 2010.

— O presidente (Lula) falou algo que todo brasileiro lúcido sabe — disse Dulci, após participar da cerimônia de posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.

— Sarney teve um papel muito importante na redemocratização do país e se desincumbiu de seus cargos sempre com senso de responsabilidade, qualidade institucional e honestidade pessoal — completou.

Para o secretário-geral da Presidência, a evocação do passado de Sarney por Lula é "justa e necessária":

— É um testemunho sobre um político que, como todo ser humano, tem qualidades e defeitos. Questionado se, por isso, Sarney estaria livre de julgamentos, Dulci disse não estar informado sobre as denúncias envolvendo o presidente do Senado.

— Não sei, não estou acompanhando. A gente trabalha 14 horas por dia — respondeu. Informado sobre os atos secretos, disse que não caberia a ele opinar sobre o assunto:

— O Senado está tratando dessas questões. Se houver providências, devem ser tomadas pelo Poder Legislativo. O parlamento será capaz de encontrar soluções e avançar.

Dulci aproveitou para fazer elogios ao PMDB e reiterar a confiança no apoio do partido à pré-candidata do PT à Presidência, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

— Vamos estar juntos nas eleições de 2010 — disse.

O secretário-geral da Presidência descartou qualquer possibilidade de estremecimento na relação entre o PMDB e o governo pelo fato de o partido ter contribuído com assinaturas para a instalação da CPI da Petrobras:

— Não acredito que encaminhamentos internos do Parlamento prejudiquem a nossa aliança. O PMDB tem sido muito leal ao presidente Lula.

O presidente do Senado é um dos citados entre os senadores que teriam sido beneficiados por centenas de atos secretos que determinaram criações de cargos, nomeações e aumentos salariais na Casa, conforme denunciou reportagem publicada pelo O Estado de S. Paulo no dia 10.

Entre os parentes diretos de Sarney nomeados por meio de atos secretos estão um neto, uma nora, duas sobrinhas e uma cunhada.

Agência Estado
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.