O presidente do Senado, José Sarney, anunciou em entrevista coletiva nesta sexta-feira que será aberta mais uma sindicância na Casa para apurar as novas denúncias sobre atos secretos. Essa nova sindicância será independente e acompanhada pelo Ministério Público e governo federal. Sarney destacou que o trabalho não será fácil, mas garantiu que os responsáveis serão punidos de forma exemplar:

— Alguns podem querer se aproveitar politicamente, mas o meu desejo é exclusivamente de servir à Casa.

Além dessa nova sindicância interna, Sarney anunciou também que haverá um portal de transparência para divulgar todas as informações sobre o funcionamento da Casa, porém não estipulou datas para a disponibilidade dos dados na web.

Sarney falou ainda que vai pedir a Fundação Getúlio Vargas (FGV) que faça uma auditoria na folha de pagamento do Senado:

— Diante das denúncias do funcionário responsável pela divulgação dos atos do Senado tomei a decisão de abrir uma comissão de sindicância para avaliar essas denúncias e que ela seja acompanhada por um procurador do Ministério Público. E, de acordo com o resultado, ela punirá os culpados.

Ao ser perguntado sobre a saído do diretor-geral do Senado, Alexandre Gazzineo, disse que seria necessário conversar com a mesa diretora da Casa e com os líderes partidários. Essa é uma das propostas apresentadas pelo grupo suprapartidário de senadores na quinta-feira.

Ontem, Sarney anunciou que tinha aceito algumas das propostas feitas pelo grupo. Entre as medidas anunciadas estavam a realização de auditoria externa para os contratos firmados no Senado, o estabelecimento de uma meta de redução de pessoal e a realização de sessão ordinária mensal no plenário para estabelecer a votação de pauta.

O presidente também vai adotar a realização de sessão ordinária em plenário para votação de medidas administrativas. As demais propostas reunidas no documento entregue pelos senadores ainda serão avaliadas. Com informações do site G1 e da GloboNews.