Tamiris de Liz tem apenas 19 anos e carrega no currículo uma marca de causar inveja a muitos atletas: a participação em Olimpíadas. Em 2012, em Londres, a jovem joinvilense fez parte do time brasileiro que chegou à final do revezamento 4x100 m, mas que acabou ficando apenas na sétima colocação.

 

Por causa da pouca idade na época, a catarinense foi como reserva da equipe e acabou nem participando das provas, mas ganhou mais experiência, o que a credencia a ser uma das grandes candidatas a representar o Brasil, no Rio, nas provas individuais.

 

A velocista mira as provas de 100 e de 200 metros, além de ter a ambição de fazer parte da equipe do revezamento. Mas para chegar lá precisará alcançar tempos expressivos entre outubro de 2015 e julho de 2016. Nos 100 metros, o índice é de 11s32. Nos 200, é 23s20.

 

Mesmo atingindo a marca, ela precisará garantir o tempo entre as três mais rápidas atletas do Brasil, já que esse é o número máximo de competidoras por país em cada prova do atletismo nas Olimpíadas.

Conseguir o índice para as Olimpíadas é o grande objetivo do ano. Quero tentar obtê-lo ainda neste ano, a partir de outubro"

Assim como o início de 2015, o ano de 2014 não foi o ideal para Tamiris de Liz. Se no início de 2014 foi a mudança para os Estados Unidos —  e todos os impactos que isso trouxe, como a dificuldade para adaptação — o problema para obter bons resultados em 2015 foram as lesões que atrapalharam o rendimento da atleta nas pistas.

 

Por causa de cinco pequenas lesões que precisou tratar ao longo da temporada, a joinvilense não conseguiu fazer tempos competitivos e, consequentemente, acabou abrindo mão do sonho de disputar o Pan-americano de Toronto, no Canadá.

 

Por não ter se adaptado em Miami, Tamiris e os treinadores do atletismo brasileiro acharam melhor que ela voltasse para o Brasil. Por isso, ela se mudou para São Paulo, onde é treinada por Victor Fernandes. Readaptada ao país e aos treinos no Centro Olímpico de Treinamento, ela está confiante em um desfecho de temporada mais positivo, com a obtenção dos resultados que a garantam nas Olimpíadas.

O ano passado não foi muito bom para mim. Neste ano, tive algumas lesões que atrapalharam. Foram dois anos sem fazer uma base ideal, o que é essencial para um atleta fazer um bom ano

Tamiris de Liz jamais teria como imaginar que chegaria tão longe na carreira como atleta. E ela ainda se impressiona quando olha para trás e vê o quanto o tempo foi generoso com ela. De menina de dez anos que participava de jogos escolares, hoje ela é uma das esperanças do Brasil para as Olimpíadas. Se na infância ela chegava a correr descalça por falta de estrutura, hoje ela tem o patrocínio da Nike, que lhe fornece materiais esportivos e a bonifica por resultados obtidos em pista.

 

Mas o primeiro reconhecimento que Tamiris recebeu foi em Joinville mesmo. A atleta, que ainda hoje compete pela Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville (Felej), é também patrocinada pela Rôgga, que é a sua grande apoiadora desde 2010.

 

— Eu já fiquei megafeliz indo para as Olimpíadas como reserva. Mal posso imaginar como seria representar a minha cidade e o meu país em uma Olimpíada, ainda mais no Brasil — sonha a atleta.

É a marca que Tamiris precisa atingir para poder ir às Olimpíadas nos 100 metros.

s

11

32

É o tempo de classificação necessário para se candidatar a ir nos 200 metros.

s

23

29

tamirisdeliz
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