Se alguém apostou na possibilidade de Carolina Bergamaschi adiar o sonho de chegar às Olimpíadas por causa das pausas nos treinamentos em 2015, está na hora de repensar onde colocar suas fichas. A atleta de 21 anos esbanja motivação e confiança de que lutará forte para estar no Rio em 2016 representando o Brasil na natação. E o combustível que alimenta ainda mais este sonho é a felicidade pelo nascimento do filho Nicolas.

 

— Eu estou maravilhada, estou amando a experiência de ser mãe. Um filho te dá forças de onde você não imagina que tem. Estou tirando esse tempo para descansar para, na hora que voltar, estar com a cabeça e o corpo descansados — confessa a nadadora.

 

Para curtir a maternidade por mais tempo, Carolina programa um retorno gradativo às piscinas. Deve voltar a nadar em agosto, mas só em novembro planeja retornar para Belo Horizonte, onde compete pelo Minas Tênis Clube. Ela terá dois eventos para tentar atingir o índice olímpico: um em dezembro e outro em abril de 2016.

Quando comecei a nadar, ir para as Olimpíadas era mais um sonho do que uma meta. Hoje, além de sonho, é uma meta. E eu acredito que seja possível

O hiato de praticamente seis meses sem treinar será o grande obstáculo para Carolina Bergamaschi. Recuperar o tempo perdido de treinamento será a missão da nadadora joinvilense, embora ela acredite que tenha tempo mais do que suficiente para voltar a nadar em grande forma na busca pelo índice.

 

Nos 50 metros livre — a prova mais rápida da natação feminina — o índice para ir às Olimpíadas é de 25s28. Esse foi o tempo registrado para ser, no mínimo, semifinalista na última edição dos Jogos, em Londres.

 

Em 2013, Bergamaschi registrou a marca de 25s55. Em 2014, seu melhor tempo foi 26s11. Por estar sempre tão próxima do índice, ela acredita firmemente na possibilidade de alcançá-lo.

 

— É uma marca que já fiz tempos próximos algumas vezes. Estou sempre tentando melhorar como atleta. Não é uma meta fácil, mas não acho que seja impossível - avalia.

Eu estou maravilhada, estou amando a experiência de ser mãe. Um filho te dá forças de onde você não imagina que tem. Estou tirando esse tempo para descansar para, na hora que voltar, estar com a cabeça e o corpo descansados - confessa a nadadora.

Das primeiras braçadas em piscinas de projetos de iniciação desportiva em Joinville até se tornar uma das principais nadadoras do País, Carolina Bergamaschi mostrou uma ascensão meteórica dentro do esporte.

 

O que começou por uma questão de necessidade — já que ela ingressou na natação depois de dar um susto em sua mãe ao se jogar na piscina quando criança — virou obsessão já na adolescência. Aos 11 anos, começou a competir representando Joinville. Logo estava nadando pelo Colégio Elias Moreira. Aos 13, foi convidada pelo Clube Curitibano.

 

Foram três anos na capital paranaense até o acerto com o Pinheiros, de São Paulo, onde passou duas temporadas. Por fim, os resultados abriram as portas do Minas Tênis Clube.

 

Nesse meio tempo, Carolina recebeu o Prêmio Brasil Olímpico, em 2009, como atleta — revelação na natação. Neste ano, ela terminou os Jogos Olímpicos da Juventude, em Singapura, na quinta colocação.

É o índice para se candidatar às Olimpíadas do Rio 2016 nos 50 metros livre feminino.

s

25

28

Foi o tempo registrado por Carolina em 2013, pouco acima da marca que é o objetivo.

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