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Eleições  | 16/06/2010 23h00min

PSDB avalia quais seriam os benefícios com a tríplice aliança em Santa Catarina

Alguns tucanos defendem definição rápida visando a campanha

Natália Viana  |  natalia.viana@diario.com.br

Embora não tenha decidido oficialmente recompor a tríplice aliança, o PSDB já discute os espaços que teria na futura coligação. Mas o que falta para o partido aderir oficialmente? Os tucanos dizem que falta saber os termos do acordo selado entre o PMDB e o DEM, além do tamanho da participação do partido no projeto.

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O PSDB formou uma comissão para conversar com os antigos aliados e quer garantias sobre a fatia do bolo que lhe caberá. Se num primeiro momento o partido se mostrou surpreendido com o acerto entre Eduardo Pinho Moreira (PMDB) e Colombo, hoje já existem tucanos defendendo uma definição rápida para colocar a campanha na rua.

Com a indefinição sobre a volta da tríplice aliança, o PSDB acenava para uma candidatura de Leonel Pavan. Para isso, pesava o fato de a reeleição ser a única candidatura possível para Pavan, que está no exercício do governo.

Acreditava-se que, com a caneta na mão, o tucano ganharia visibilidade e poderia surpreender em uma eleição pulverizada. Nesse contexto, uma ala defendia ainda a aproximação com o PP, parceiro dos tucanos em diversas cidades.

Mas, com o acerto do PMDB e DEM, o PSDB fica praticamente sem alternativas. A tríplice unida garante um palanque forte para José Serra (PSDB) e abre espaço para que os tucanos tenham resultado semelhante ao da eleição de 2006, quando Geraldo Alckmin fez 56% dos votos na eleição presidencial.

Além disso, uma coligação de PMDB, PSDB e DEM na chapa proporcional pode abrir caminho para que os três partidos repitam ou ampliem o desempenho da última eleição, quando elegeram 23 deputados estaduais e 9 federais.

Antes de fechar um acordo, o PSDB quer discutir quantas vagas terá na chapa majoritária, quem será o suplente de senador, como será dividido o tempo da TV, o financiamento da campanha e como será montada uma chapa proporcional. O presidente estadual do partido, Beto Martins, diz que quer ouvir Colombo para depois levar as propostas para o partido decidir.

— Se o partido decidiu designar uma comissão para estabelecer entendimentos, isso indica que o PSDB não está contrário à tese da coligação, porém não deu a palavra final porque quer verificar se a aliança atende aos interesses do partido. Estabelecidas as regras, a coligação me parece viável, caso não tenhamos algum contratempo. A coligação é autoexplicável — avalia o deputado federal Paulo Bauer, cotado para ocupar a segunda vaga do Senado na tríplice aliança.

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