Dezesseis anos separam o fim do mandato do último governador eleito pelo PFL — sigla que originou o DEM — da candidatura do senador Raimundo Colombo (DEM) ao mesmo cargo. E é justamente a uma frase de Vilson Kleinübing, que comandou o Estado de 1991 a 1994, que Colombo recorre para apontar o maior desafio caso vença as eleições de outubro:

— O grande desafio, como dizia Kleinübing, continua sendo governar o governo.

Colombo, que é o terceiro candidato a compor a série de entrevistas do Grupo RBS, traz o DEM de volta à disputa após três eleições em que o partido esteve aliado ora aos ex-governadores Esperidião Amin (PP), ora a Luiz Henrique da Silveira (PMDB).

Agora, cabe a ele pilotar a coligação governista e, ao mesmo tempo, apresentar-se como novidade. O senador defende a gestão LHS e aponta as críticas para Brasília, ao chamar o governo do presidente Lula de insensível em relação às obras federais no Estado.

Para mostrar que sabe como fazer, não poupa citações aos três mandatos como prefeito de Lages. Promete fiscalizar de perto os serviços públicos e governar junto com as pessoas. Descarta a expressão "plano de governo".

— Plano de governo é pretensioso. É como se eu quisesse coordenar as pessoas, sendo o dono delas. Quero fazer uma agenda de governo, interagindo — diz o senador.

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Colombo também respondeu perguntas sobre temas gerais, como casamento gay e aborto (veja quadro no pé da página). Ele foi entrevistado pelo repórter Upiara Boschi e pelos colunistas Moacir Pereira e Roberto Azevedo.

Assista a trechos da entrevista com o candidato:



Veja a nuvem formada pelas palavras que Colombo mais usou durante a entrevista (clique na imagem para aumentá-la). As que aparecem em tamanho maior são as que foram citadas com mais frequência: