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Eleições  | 12/06/2010 00h55min

Convenções nacionais podem ajudar a decidir cenário para eleições em Santa Catarina

Diversas lideranças de SC viajaram para São Paulo, Salvador e Brasília de olho nas alianças

Cristina Vieira  |  cristina.vieira@diario.com.br

As convenções nacionais, que ocorrem neste fim de semana, definirão os candidatos à Presidência, mas também podem ajudar a clarear o confuso cenário pré-eleitoral catarinense. Diversas lideranças de Santa Catarina viajaram para São Paulo, Salvador e Brasília de olho nas composições que serão fechadas em nível nacional.

Com as possibilidades de coligação ainda em aberto no Estado, a expectativa dos partidos é que a definição do cenário nacional possa contribuir para o fechamento de acordos.

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Em Salvador, o governador Leonel Pavan (PSDB) e o senador Raimundo Colombo, pré-candidato do DEM, devem se encontrar na convenção do PSDB, que lança o ex-governador José Serra como candidato a presidência. O presidente nacional de honra do DEM, Jorge Bornhausen, é um dos principais articuladores da candidatura de Serra e era um dos defensores da reedição da tríplice aliança. Mas, em Santa Catarina, a relação entre os dois partidos está estremecida desde que o DEM anunciou o desembarque do governo.

Já em Salvador na noite desta sexta-feira, Colombo destacou que um apoio do PMDB à candidatura de Dilma Rousseff à presidência inviabilizaria a aliança entre as duas siglas.

— Nós apoiamos José Serra. A política exige coerência. Seria impraticável a aliança entre PMDB e DEM no caso deles apoiarem a Dilma — afirmou.

O senador disse que aguarda para domingo uma resposta de Pinho Moreira sobre a aliança entre os dois partidos.

Eduardo Pinho Moreira (PMDB) e Ideli Salvatti (PT) podem se encontrar em Brasília na convenção do PMDB, que tende a referendar o deputado Michel Temer (SP) como vice de Dilma Rousseff.

Eles já conversaram nesta sexta-feira, quando Pinho Moreira visitou Ideli no hospital. Embora se especulasse que as discussões poderiam avançar para um acordo entre PT e PMDB em Santa Catarina, a senadora contou que a conversa enfocou o cenário nacional.

Segundo Ideli, ela reforçou o pedido para que o PMDB dê palanque para Dilma no Estado. A senadora ressaltou que as candidaturas dela e do peemedebista já estão consolidadas, o que torna difícil uma aliança já para o primeiro turno.

Em paralelo, Pinho Moreira mantém contatos com Colombo e Pavan, na tentativa de reeditar a tríplice aliança. Nesta sexta-feira, ele destacou que a tríplice só sai se os dois apoiarem a sua candidatura.

Sobre o cenário nacional, ele não confirmou apoio a Dilma. Afirmou que o partido tem ainda a possibilidade de liberar a militância para votar em quem quiser, caso se confirme a falta de apoio de PSDB e PT a sua candidatura.

O presidente estadual do PDT, Manoel Dias, participa neste sábado da convenção nacional do partido, em São Paulo, e no domingo comparece à convenção do PT, em Brasília.

Para Dias, os próximos dias serão decisivos para a corrida estadual. O PDT vem sendo assediado pelo PP, que lhe ofereceu a vaga de vice na chapa de Angela Amin. No entanto, o partido já definiu que só estará com quem estiver com Dilma. Isto pode ser um problema para o PP, que nesta semana anunciou que só apoiaria o presidenciável que lhe desse palanque único no estado, caso contrário, liberaria a militância para votar em quem preferir.

 

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