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Política  | 22/06/2009 11h48min

Senadores começam semana dispostos a pressionar Sarney por mudanças administrativas

Líder do PSDB disse que o Senado “entrou num caminho sem volta"

Os senadores que reivindicam mudanças profundas na administração e gestão política da Casa estão preparados para pressionar o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a acelerar as mudanças propostas. O líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), que integra o grupo, disse que o Senado “entrou num caminho sem volta”.

— Ou o presidente Sarney fica com esse pessoal ou cai junto com eles (envolvidos nos escândalos) — disse o parlamentar tucano numa referência aos ex-diretores João Carlos Zoghbi e Agaciel Maia, já afastados pelo presidente da Casa, por conta de denúncias de participarem de esquemas de fraude em contratos do Senado.

Segundo Arthur Virgílio, não há mais como esperar. O grande problema, de acordo com ele, é Sarney e seu grupo político “jogarem sempre com o tempo” na tentativa de contornar a situação criada com as denúncias de irregularidades administrativas no Senado. O parlamentar aguardará o resultado da reunião da Mesa Diretora, prevista para a tarde de amanhã.

A Mesa Diretora analisará o resultado da comissão de sindicância que investigou os atos secretos assinados pelo ex-diretor-geral Agaciel Maia. A comissão investigou 15 anos da gestão de Agaciel Maia para levantar os atos que não foram publicados nos boletins administrativos do Senado.

O primeiro secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), a quem a Diretoria-Geral está subordinada só chega a Brasília amanhã, de acordo com a assessoria. Ele está em São Paulo, onde se recupera de uma cirurgia para redução do estômago.

Na reunião, a Mesa Diretoria também vai analisar as sugestões apresentadas por um grupo de parlamentares ao presidente José Sarney na semana passada. O presidente do Senado já anunciou algumas providências como a criação imediata de um portal na internet, onde serão publicados todos os atos administrativos e decisões tomadas pelo Senado.

Ele anunciou, na sexta-feira, a realização de uma auditoria externa para investigar a folha de pagamentos de pessoal do Senado. A recomendação foi feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV) no relatório preliminar de reforma administrativa entregue ao presidente. Sarney não deixou claro se a FGV fará a auditoria, votada em plenário.

AGÊNCIA BRASIL
 
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