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Eleições  | 30/10/2010 18h10min

Eleição presidencial será decidida no segundo turno pela quarta vez no Brasil

Desde 1989, somente Fernando Henrique Cardoso se elegeu direto no primeiro turno

Ao comparecer às urnas neste domingo, os brasileiros escolherão seu presidente da República pela quarta vez em um segundo turno desde 1989, quando a eleição direta foi retomada. Nos últimos 21 anos — período com seis pleitos presidenciais —, apenas Fernando Henrique Cardoso chegou ao Palácio do Planalto nas disputas já no primeiro turno.

Relembre o contexto de cada um dos seis pleitos presidenciais desde 1989.

1989: em disputa apertada com Lula, Collor se elege presidente

 

Disputada nos dois últimos meses de 1989 — o primeiro turno foi dia 15 de novembro e o segundo, em 17 de dezembro — a 25ª eleição presidencial do Brasil levou Fernando Collor de Mello (PRN) ao Palácio do Planalto. Ele concorreu com 21 adversários, com destaque para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Leonel Brizola (PDT), Mário Covas (PSDB) e Paulo Maluf (REFON).

Collor venceu o atual presidente no segundo turno com 49,94% dos votos, contra 44,23% do petista, e sucedeu José Sarney, empossado após a morte de Tancredo Neves. Na campanha, com trocas de acusações e ofensas semelhantes a este ano, Collor, hoje aliado de Lula, informou que o então adversário teve uma filha fora do casamento. A ex-namorada inclusive denunciou que o petista teria lhe pedido para abortar.

1994: após ser ministro do Plano Real, FHC se elege no primeiro turno

 

Ministro da Fazenda do governo do presidente Itamar Franco, que assumiu após a impeachment de Collor, Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente em 1994, na quarta eleição depois da promulgação da Constituição de 1988. Apoiado por uma coligação que reunia PSDB, PFL (atual DEM) e PTB, o nome forte do Plano Real derrotou Lula já no primeiro turno com 54% dos votos válidos.

O petista obteve quase 27% dos votos, seguido por Enéas Carneiro, então presidente do Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA). A disputa presidencial foi a última com uso de cédulas eleitorais.

1998: com mudança na Constituição, FHC é reeleito

Em uma eleição marcada pela polêmica emenda constitucional que passou a permitir a reeleição aos ocupantes de cargo do Poder Executivo, o então presidente Fernando Henrique Cardoso garantiu a permanência no Planalto por mais quatro anos. Com o reforço do PMDB em sua coligação, FHC derrotou novamente Lula com 53% dos votos no primeiro turno.

O petista alcançou 32% da preferência, enquanto Ciro Gomes (atualmente PSB, na época PPS) ficou em terceiro lugar, com 11%. Naquele pleito, pela primeira vez, urnas eletrônicas foram usadas na disputa presidencial.

2002: Lula é eleito depois de três tentativas frustradas

 

Em sua quarta disputa para o Palácio do Planalto, o presidente Lula foi eleito em um pleito de dois turnos. Lula foi escolhido no dia 27 de outubro de 2002 com quase 53 milhões de votos — 61% da preferência —, contra 38% do tucano José Serra, atual candidato pelo PSDB. Naquela eleição, Anthony Garotinho (PSB) e Cid Gomes (ainda pelo PPS) também concorreram.

No primeiro turno, Lula obteve 46,44% dos votos — quase o mesmo percentual de Dilma na primeira etapa da eleição deste ano. Serra foi o preferido por 23,19% dos eleitores, seguido de Garotinho (17%) e Ciro (quase 12%). A eleição do petista causou receio no mercado econômico. Havia medo de que Lula modificasse a política econômica, o que não ocorreu.

2006: Mesmo com escândalo do Mensalão, Lula é reeleito

Mesmo com a maior crise sofrida em seu governo, o Mensalão — esquema de compra de votos de parlamentares —, o presidente Lula conseguiu se reeleger em 2006. No entanto, ao contrário da expectativa inicial do partido, a vitória foi garantida somente no segundo turno. O petista derrotou o tucano Geraldo Alckmin com 60% dos votos válidos, contra 39% do adversário. Heloísa Helena (PSOL) e Cristovam Buarque (PDT) também concorreram naquele ano.

No pleito de 2006, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) derrubou a chamada "Verticalização" — regra pela qual partidos não podiam fazer alianças eleitorais na disputa pelos governos estaduais diferente daquelas concretizadas em nível nacional. A determinação havia sido implementada em 2002. No mesmo ano, o tribunal bateu recorde de apuração, com 90% dos votos totalizados às 19h30min.

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