Conhecido pela força da indústria, o Norte de Santa Catarina também tem destaque na agricultura: é um dos principais produtores de arroz do País - atrás somente da região Sul do Estado e do Rio Grande do Sul.

Além disso, a rizicultura na região apresenta uma particularidade:

por causa das condições climáticas é possível fazer o cultivo do rebrote, ou seja, da soca do arroz. Com isso, os produtores podem colher duas vezes em uma única safra e alcançar rendimentos
de 10 a 12 toneladas
por hectare.

Forte na indústria e

também na agricultura

Principais produtores do Norte

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Números da produção 2014, considerando safra e soca

eTAPAS Do cultivo DO ARROZ

O cultivo do arroz irrigado, praticado na
região Sul do Brasil, contribui para mais de 50% da produção nacional. Em Santa Catarina, a orizicultura é conduzida no sistema conhecido como pré-germinado, no qual a semeadura é feita em lâmina de água com sementes pré-germinadas, garantindo alta produtividade.

Diferentemente de outros locais do Estado, o Vale

do Itapocu começa a safra do arroz um mês antes, em agosto. São oito etapas, desde a preparação do solo até a colheita, que termina no final de maio.

Com isso, os agricultores da região conseguem
recolher a soca - quando os brotos da primeira
colheita florescem novamente e podem ser colhidos.
Essa prática garante sete mil quilos de arroz por hectare na primeira colheita e nove mil na soca.

Preparo do solo em junho e julho, com nivelamento, alagamento e, depois, formação da lama, alisamento e abertura dos valos para drenagem.

Em agosto começa a semeadura. Nesse processo, as sementes pré-germinadas são semeadas no solo preparado com cinco centímetros de lâmina de água.

Depois da semeadura, os agricultores precisam controlar as ervas-daninhas com uso de herbicidas e continuam o processo de adubação e controle de pragas e doenças.

A etapa seguinte é a adubação de cobertura, na qual ficam os grãos. Finalmente, em janeiro, as máquinas tomam conta das lavouras e começam a colher o arroz plantado no ano anterior.

Rápido para preparar,

lento para industrializar

O arroz é um dos alimentos mais simples de se preparar,
em 20 minutos está pronto para ir à mesa. No entanto, sua industrialização é detalhada e relativamente lenta se comparada a outro grão como o feijão, por exemplo, que fica pronto em um dia.

Os grãos de arroz levam três dias para passarem pela parboilização e estarem prontos para o consumo, em um processo que envolve limpeza, secagem, seleção e empacotamento. Os grãos podem ficar até dois anos guardados nos silos.

primeiro dia

1 - Depois que o arroz chega à indústria é feita a amostragem. Com ajuda de um braço mecânico, cerca de sete quilos de grãos são retirados de cada carga em pontos distintos. Nesse processo, são medidos o rendimento, a umidade, a impureza - quando ainda há muita palha junto aos grãos - e os defeitos.

2 - Depois disso, o arroz vai para a secagem para retirada da umidade. Esse processo deve ocorrer no máximo até 24 horas depois da colheita de o grão ser colhido. Em seguida, o
arroz segue para a produção
ou é guardado nos silos.

3 - No processo de parboilização, o arroz com casca é colocado em tanques
com água quente de seis a oito horas, em uma temperatura de 60º. Depois, os grãos seguem para a autoclave e ficam expostos a uma temperatura de 110º por 17 minutos. Essa etapa é chamada de "gelatinização" porque os grãos ficam mais compactos e as vitaminas e sais minerais são fixados em seu interior.

Segundo Dia

1 - Como foram expostos a altas temperaturas, os grãos ficam sensíveis e precisam desaquecer. Por isso, ficam descansando por um dia em silos, caso contrário, se o processo de parboilização continuasse, os grãos quebrariam e diminuiriam a produtividade.

 

Terceiro Dia

1 - O arroz precisa ser beneficiado, ou seja, limpo para ser empacotado. Primeiramente, os grãos passam por uma peneira para retirada de impurezas mais robustas e, depois, para retirada da casca. Todo o processo é feito em máquinas.

 

2 - Sem a casca, o arroz é peneirado e passa por um polimento com água. Atualmente, os grãos costumam ser selecionados eletronicamente com jatos de ar. Os bons continuam o processo e a máquina refaz a seleção com os que foram tirados.

3 - Por fim, o arroz é empacotado em sacos de um a cinco quilos, manualmente. Neste setor, os funcionários verificam o peso e montam os fardos.

4 - O arroz já está embalado e pronto para ser distribuído nos pontos de venda

 

*O arroz que não passa na seleção pode ser usado em outros subprodutos. Os grãos quebrados ou brancos - que não absorveram os nutrientes ao longo dos processos - podem ser transformados em farinha para macarrão ou até mesmo ração animal.

Edição

Roberta

Benzati

Texto

Chayenne

Cardoso

Fotografia

Maykon

Lammerhirt

Design

juliano

de souza

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