A Volvo Ocean Race está se despedindo de Itajaí, mas não sem antes oferecer um espetáculo à parte para o público. Sábado, às 14h, será dada a largada para a regata local, a In-Port Race, oportunidade única de ver de perto, e em ação, os veleiros que no domingo vão partir rumo à cidade de Newport, nos Estados Unidos.

Mas não se trata de uma simples demonstração do poderio dos barcos e da habilidade de seus comandantes. Os resultados das 10 regatas locais da Volvo, uma em cada parada oficial, vão para um ranking complementar que serve como critério de desempate para a competição principal. Ou seja, se duas equipes chegarem ao fim da jornada, em junho, na Suécia, com o mesmo número de pontos, o que for visto este fim de semana no litoral de Santa Catarina pode se tornar decisivo.

O trajeto, mesmo curto, é um desafio e tanto para os velejadores acostumados às longas distâncias, como avalia Ricardo Navarro, diretor náutico da parada de Itajaí:

— Esta raia é bem particular, porque fica muito próxima à praia e ao rio. Com a correnteza, o percurso exige mais técnica. As equipes estão considerando a mais difícil das In-Port Races.

A In-Port ganhou uma dose de suspense nesta sexta-feira, quando o time espanhol, Mapfre, anunciou que não é certa a participação da equipe, que tem o único brasileiro da competição a bordo, na disputa. Uma avaria no mastro tirou o grupo dos treinos oficiais e não se sabe ainda se a embarcação ficará pronta a tempo.

COMO FUNCIONA A REGATA LOCAL

 

Classificação geral da regata até aqui*:
1º Abu Dhabi Ocean Racing - 9 pontos
2º Dongfeng Race Team - 16 pontos
3º Team Brunel - 18 pontos
4º Team Alvimedica - 19 pontos
5º Mapfre - 20 pontos
6º Team SCA - 29 pontos
7º Team Vestas Wind** - 36 pontos

*Quem tiver o menor número de pontos vence. Isto porque a pontuação corresponde à ordem de chegada. Quem chega em 1º lugar recebe um ponto e quem chega em 6º, seis.
** Equipe está fora da competição desde que encalhou rumo a Abu Dhabi e pretende retornar na etapa de Lisboa.