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A caravana da fé tricolor

- Ser gremista é como casamento. Na alegria ou na tristeza, tem que estar sempre junto. A frase é do comerciante Alceu Brasinha da Rosa, um dos gremistas mais fanáticos de Porto Alegre. Ele foi um dos primeiros a aderir ao chamado da direção do Grêmio pedindo que a torcida invadisse Santa Catarina para o jogo deste domingo contra o Criciúma.

No sábado, logo que a partida contra o Vasco acabou, Brasinha saiu com o seu caminhão por Porto Alegre e Região Metropolitana tocando o hino do clube e convocando as pessoas para se unirem em uma caravana rumo a Criciúma, 291 quilômetros ao norte. Até a noite de sexta-feira, estavam confirmados 300 carros em seu grupo, sem contar os 60 ônibus que o Grêmio lotou de torcedores e os demais automóveis que vão por conta própria.

Durante a semana, Brasinha recebia diariamente cerca de 50 ligações no celular e em torno de 150 nas suas lojas. Eram pessoas interessadas em se juntar ao comboio. Conseguiu adeptos de cidades como Santa Rita do Sul, Santa Maria, Três Passos e Uruguaiana. O cônsul do Grêmio Antônio César Pereira, de Santa Rita, pagou o diesel que será usado no caminhão até Santa Catarina.

O veículo, que tem 28 mil watts de potência de som, terminou de ser pago na sexta-feira. A caravana partirá da freeway, perto da Fiergs, às 8h30min deste domingo. Quando questionado sobre o que faria se o time fosse rebaixado, Brasinha foi enfático:

- Não cai.

Confiante na vitória, assim como Brasinha, o Grêmio trabalhou para levar sua torcida para o jogo. Vendendo ingressos desde terça-feira a R$ 20, a expectativa de lotar 40 ônibus foi superada. A partida da caravana oficial do clube será da rótula do Papa, neste domingo, às 9h. Cada um contará com a presença de dois seguranças. Água mineral e refrigerante serão distribuídos na viagem.

As torcidas organizadas irão em veículos separados dos demais torcedores e não vão se misturar entre si. Batedores da Brigada Militar acompanharão a carreata até a saída de Porto Alegre. Na freeway, a Polícia Rodoviária Federal será a responsável pela segurança, que será retomada pela polícia catarinense quando os ônibus chegarem a Criciúma.

Os familiares de alguns jogadores também viajarão nos ônibus disponibilizados pelo clube. É o caso de Liange Ferraz das Neves, mãe do meia Bruno.

- Não poderia ficar longe numa hora dessas. Sofro duas vezes. Uma como torcedora, outra como mãe - disse Liange.

Apesar do sofrimento, angústia e tensão presentes em qualquer jogo de futebol, a confiança em um bom resultado será mais forte entre os gremistas. Os que estão indo viajar apostam na vitória.

- Vai ser 3 a 1, com dois gols do Christian, se ele sair jogando. O terceiro pode ser de qualquer outro. O que vier vem bem - profetizou Brasinha.

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