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Mercado de trabalho  | 08/04/2013 11h01min

Mulheres são maioria no jornalismo brasileiro, segundo levantamento

Estudo apresentado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) traçou o perfil dos profissionais da categoria

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) apresentou um levantamento sobre o perfil dos profissionais da categoria no Brasil. Os resultados mostram que a maioria dos jornalistas brasileiros é formada por mulheres brancas, solteiras, com até 30 anos de idade. No total da categoria, elas representam 64%. Apesar disso, os homens são predominantes na ocupação de cargos de chefia.

mulheres jornalistas

O estudo Características Demográficas e Políticas dos Jornalistas foi feito a partir de respostas encaminhadas por 2.731 jornalistas brasileiros em todos os estados e em outros países. Os dados foram coletados, entre 25 de setembro e 18 de novembro do ano passado, por e-mail, redes sociais, notícias em canais especializados e página da pesquisa na internet.

Segundo o levantamento, quase a íntegra dos jornalistas que atuam no Brasil têm formação superior (98%). O trabalho indica que nove em cada dez são diplomados em jornalismo, majoritariamente em instituições privadas de ensino. Além disso, quatro em cada dez têm cursos de pós-graduação. A maioria defende a exigência de algum tipo de formação superior para o exercício da profissão, sendo mais da metade a favor da diplomação específica em jornalismo.

Além disso, foi identificado que 59,9% dos jornalistas recebem até cinco salários mínimos. O índice de desemprego observado na categoria coincide com a taxa no país, que fechou o ano de 2012 com 5,5%. A cada quatro jornalistas, um está filiado a sindicato, ou seja 24,2% são associados a entidades sindicais. Dos jornalistas, 55% atuam em mídia (veículos de comunicação, produtoras de conteúdo etc.), 40% atuam fora da mídia, em atividades de assessoria de imprensa ou comunicação ou outras ações que utilizam conhecimento jornalístico, e 5% trabalham predominantemente como professores, sendo que quase metade dos jornalistas trabalha mais de oito horas por dia. Também foi verificada uma baixa presença de negros (pretos + pardos, segundo classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE) na profissão. Os pretos correspondem a 5% dos jornalistas e os pardos, 18%.

A pesquisa foi um projeto do Núcleo de Estudos sobre Transformações no Mundo do Trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina (TMT/UFSC) em parceria com a Fenaj e com apoio do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e da Associação Brasileira de Pesquisadores do Jornalismo (SBPJor). O lançamento do relatório marcou as atividades do Dia do Jornalista – 7 de abril. Os resultados serão publicados no livro “Perfil do jornalista brasileiro – Características demográficas, políticas e do trabalho jornalístico em 2012", em impressão pela Insular (Florianópolis).

* Com informações da Fenaj e da Agência Brasil

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