INÍCIO
GYRO
Só sendo muito maluco para pilotar um ultraleve e usar cobras como armadilhas em pleno apocalipse. Mais maluquice ainda é se aliar (um tanto a contragosto, é verdade) ao policial caído.
O mundo está tão em frangalhos quanto o pobre Max no segundo filme. Rodando sem rumo pelas estradas, ele topa com gente querendo sugar o que resta da humanidade e gente interessada em reconstruí-la. Mas para ele um galão de gasolina já estava de bom tamanho.
V8 Interceptor
Tal qual Max, o velho bólido já viu dias melhores. Mesmo transformado em moradia para o patrulheiro e seu cachorro, o carrão ainda impressiona e dá trabalho para muita gente. Mas precisou ser sacrificado para mostrar a Max o caminho da verdade.
Humungus
mistura de Jason Voorhees com integrante do Manowar, ele lidera um bando cuja sede por gasolina só não parece maior do que o gosto por acessórios sadomasoquistas. Não sabe o que é usar calças e gosta de manter seus comandados na coleira — literalmente.
Maluco do moicano vermelho
vestindo calça de couro sem fundilhos e arrastando outro sujeito por uma coleira, ele poderia ser apenas um entusiasta de BDSM. Mas a besta engatada em uma das mãos prova que suas intenções são as piores em Mad Max 2.
É no segundo capítulo que o diretor e roteirista George Miller mostra a que veio. O herói solitário agora vaga por um mundo completamente à mercê da força, onde a civilização já não existe e a humanidade voltou a seu estado mais primitivo. A estética de ambiente pós-apocalipse social e econômico apresentada por Miller influenciou qualquer produção que decidisse seguir por este caminho — do infantojuvenil Solarbabies (1986) ao fracasso aquático Waterworld (1995) até o The Rover (2014). A mensagem de Miller é clara: basta o fim de um único recurso natural (petróleo, no caso) para que a barbárie torne-se a única forma de convivência possível. Clássico instantâneo.