INÍCIO
O ritmo está inserido em tudo na vida. É o movimento regulado de como as coisas fluem. Na música é a batida, a duração dos sons e dos silêncios. TALENTO E ORGANIZAÇÃO IMPUSERAM RITMO À PRODUÇÃO Na história da música instrumental catarinense o ritmo foi dado pela ousadia, dedicação aos estudos dos artistas e por festivais. Eventos como o Festival de Música de Itajaí, principalmente, deram o ritmo e movimentaram a cena musical do passado e a atual.
Já no anos 1960 e 1970 começa um movimento gáudio na música catarinense puxado, entre outros, por músicos como Luiz Henrique Rosa (1938 - 1985), um dos mentores da bossa nova no Brasil. Até hoje o bruxo da música, Hermeto Pascoal, lembra da amizade e da genialidade do catarinense, com quem morou nos Estados Unidos na década de 1960.
Mas foi no começo dos anos 1980, com a inesquecível Banda de Nêutrons, que a música instrumental moderna começa a ganhar corpo e sofisticação. Foi criada com o intuito de ser uma banda de baile. Faziam parte Joel Brito, Marcio Correia, Ernesto Quiroga, Ronaldo Sagioratto, Letargiares Leite, mentor e gênio do grupo, e o Ernesto Candal. Depois entraram Guinha Ramires e Alegre Corrêa, dois grandes gênios da música que chegaram em Florianópolis há mais de 30 anos e desenvolveram e ajudaram a elevar a qualidade da produção musical no Estado.
Depois das sementes plantadas pela Banda de Nêutrons, o Festival de Música de Itajaí, a partir de 1997, regou e viu os frutos de uma nova e talentosíssima geração amadurecer. Foi um novo e definitivo ponto de virada, quando a música instrumental popular começou a tomar a dimensão que tem hoje.
- Toda essa rapaziada que toca hoje, que viaja o mundo e e produz boa música passou pelo festival - atesta sem a menor sombra de dúvidas o produtor musical Nani Lobo, coordenador do evento nas primeiras edições.