A campanha eleitoral de 2010 ficará marcada como uma das mais caras da história. E não estamos falando dos gastos que os candidatos tiveram para fazer suas propostas chegarem aos eleitores. Exorbitantes são os valores de algumas de suas promessas.

Projetos mirabolantes são comuns em qualquer campanha. Os que foram apresentados por Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) no segundo turno não se enquadram nesta categoria. São obras urgentes, que o Brasil precisa para ontem, depois de décadas de falta de investimentos em hidrelétricas, aeroportos, rodovias, hospitais, escolas, portos ou ferrovias.

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Serra e Dilma também acenaram com generosos aumentos do salário mínimo e das aposentadorias, com exames médicos e remédios gratuitos, com creches e bolsas de estudo em profusão. Só não disseram de onde virá o dinheiro – ao contrário, anunciaram cortes de impostos que, em tese, reduzem as receitas do governo.

Embora as campanhas dos candidatos não tenham estimado o custo das promessas feitas no horário eleitoral, em alguns casos é possível fazer a conta. O salário mínimo de R$ 600 prometido por Serra, por exemplo, pode sangrar a Previdência em R$ 12 bilhões, calcula o economista Darcy Carvalho dos Santos. Somados aos R$ 8,6 bilhões que custaria o aumento de 10% aos aposentados e a outros R$ 1,14 bilhão do 13º salário do Bolsa-Família, a conta chegaria a R$ 21,8 bilhões. Já Dilma promete concluir os grandes projetos do PAC 1 e do PAC 2. Apenas o PAC 2 prevê R$ 1,59 trilhão em obras – metade do PIB brasileiro de 2009, que foi de R$ 3,143 trilhões.

Confira algumas das promessas literalmente bilionárias de Dilma e Serra.