O PP lançou nesta quarta-feira o nome do ex-governador Esperidião Amin para a disputa de uma das vagas no Senado. O anúncio foi feito depois de nova reunião do partido com o PDT.

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Pepistas e pedetistas negociam uma coligação. A aliança ainda não foi fechada, mas de acordo com os presidentes dos dois partidos as conversas estão bastante avançadas.

O ex-governador disse que não tem projeto individual e, se for para eleger Angela Amin como governadora, ele entra de corpo e alma na campanha.

— Estou certo de que posso contribuir para o Estado — afirma Esperidião.

O presidente pepista Joares Ponticelli diz que o partido colocará o "melhor time" em campo e, no atual cenário, o nome de Esperidião figura como a opção mais indicada para a vaga de senador. Ponticelli afirma ainda que a ideia é polarizar a eleição para o Senado entre os dois ex-governadores de Santa Catarina.

Os pepistas ainda não fecharam aliança com nenhum partido e, além do PDT, mantêm conversas com o PT. Caso o PP feche com o PT, o cenário das eleições majoritárias deve mudar.

— Nossa prioridade é a candidatura da Angela Amin ao governo do Estado, e o partido fará todos os gestos necessários para a campanha da deputada — diz Ponticelli.

Com isso, o PP deixa, nas entrelinhas, um recado para o PT. O tempo para definir os candidatos e fazer alianças está se esgotando, e o PP pode abrir mão do Senado para fortalecer Angela numa possível coligação com os petistas.

Ponticelli diz que tem expectativas de se reunir com o PT ainda nesta semana. O presidente petista, José Fritsch, mantém firme a posição de Ideli Salvatti como cabeça de chapa para o governo de Santa Catarina.

Com o PDT, as negociações do PP estão mais avançadas. Depois da reunião desta quarta-feira, entre Ponticelli e Manoel Dias, presidente pedetista, ficou agendado para esta quinta o encontro de uma comissão que calculará as possibilidades de eleição proporcional entre os dois partidos. Ainda esta semana, PP e PDT devem se reunir, com a presença de Angela, para discutir o programa de governo.

— Vamos priorizar a formação de um palanque forte para Angela — afirma Dias.

No cenário nacional, caso o PP se una apenas ao PDT, os pepistas deverão manter a posição de neutralidade com relação aos candidatos à presidência, enquanto os pedetistas apoiarão Dilma Rousseff.

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