| 30/04/2009 12h15min
As medidas de prevenção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contra a gripe suína mudaram a rotina nos portos de Itajaí e Navegantes, no Litoral Norte. 
O desembarque da tripulação dos navios não pode ser mais feito apenas com autorização por rádio. Desde esta quarta-feira, agentes da Anvisa são presença obrigatória nas embarcações, antes da descida dos tripulantes e da subida dos estivadores para a descarga de contêineres. 
Segundo os representantes locais da Anvisa nos portos, antes da ameaça da gripe suína, uma declaração por rádio do comandante sobre a ausência de sintomas de qualquer doença a bordo liberava o desembarque no cais. 
Aeroporto
No Aeroporto Ministro Victor Konder, em Navegantes, as ações preventivas ainda não interferem na rotina dos passageiros. Segundo a chefe do posto da Anvisa em Navegantes, Hilnette Vieira, a única mudança é um cuidado extra dos funcionários das 
companhias aéreas na hora de recolher o lixo e fazer a limpeza 
interna das aeronaves em solo. Se houver casos suspeitos, o governo federal deve partir para a ativação imediata de áreas de isolamento. 
— Estamos em alerta para a possibilidade de alguma suspeita de influenza suína, através dos portos e aeroporto. Nos preparamos para adotar o mesmo plano aplicado em 2006, quando o problema era a influenza aviária — lembra Hilnette. 
Riscos remotos 
Apesar de a quarta-feira ter sido de reuniões com as secretarias de saúde de Itajaí e Navegantes para a prevenção da entrada do vírus no Litoral, a autoridade sanitária e a superintendência do Porto de Itajaí afirmam que os riscos de chegada através dos portos do Rio Itajaí-Açu e do aeroporto de Navegantes são remotos. 
Como não há linhas diretas internacionais, nos dois casos, aviões e navios que entram na região passam antes por outros terminais do país e, consequentemente, pelas barreiras da 
Anvisa.
— O tempo que os navios levam para vir dos países de origem 
e passar pela costa sul-americana, a partir do Nordeste brasileiro ou da Argentina, até Itajaí, é maior do que o período de incubação do vírus, de até 10 dias — informou Luiz Antônio Martins, diretor Operacional do Porto de Itajaí. 
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