O diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Luis Antônio Silva, esclareceu que não há risco de se pegar a gripe suína comendo carne de porco. A explicação foi dada durante o chat com internautas do diario.com.br, na tarde desta quarta-feira.

— Devemos comer carne de porco sim, e muita. O vírus não se transmite através de alimento — disse ele.

Na verdade, o vírus A/H1N1 é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio da tosse ou espirro e secreções respiratórias de pessoas infectadas. Os sintomas podem iniciar no período de 3 a 7 dias e a transmissão ocorre principalmente em locais fechados.

Para evitar a contaminação pelo vírus, as pessoas devem cobrir o nariz e a boca com um lenço quando tossirem ou espirrarem; o lenço usado deve ser jogado imediatamente no lixo; as mãos devem ser lavadas constantemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar; é bom evitar tocar os olhos, o nariz ou a boca — os germes se espalham deste modo; o contato próximo com pessoas doentes também deve ser evitado; e, caso a pessoa fique doente, deve permanecer em casa para limitar o contato com outros.

Formado em Engenharia Sanitária, mestre em Saúde e doutor em Engenharia de Produção, Silva ainda tirou dúvidas a respeito dos sintomas da doença, as formas de contágio e as medidas profiláticas adotadas pelo Estado desde segunda-feira.

Sobre a gripe suína

A gripe suína é causada pelo vírus A/H1N1. Os sintomas da doença são parecidos com uma gripe comum (febre dores pelo corpo, cansaço, falta de apetite e tosse) e ainda não há vacina.

A doença já tem casos confirmados no México, nos Estados Unidos, no Canadá, na Grã-Bretanha, em Israel, na Nova Zelândia e na Espanha. No México, mais de 150 pessoas já morreram com suspeita da doença. Três pessoas em Santa Catarina estão sendo monitoradas por suspeita de estarem com o vírus.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou para 4, em uma escala de 1 a 6, o nível de alerta por conta da gripe suína.

Confira abaixo a íntegra do chat.