Internet | 27/11/2008 10h34min
A justiça norte-americana absolveu, nessa quarta-feira, Lori Drew, 49 anos, do crime de conspiração. Lori foi processada por ter participado de um trote no MySpace que teria levado uma garota de 13 anos ao suicídio nos Estados Unidos. Ela foi considerada culpada de três delitos menores por acesso a computadores.
De acordo com o processo, Drew e sua assistente, Ashley Grills, teriam criado um perfil falso no MySpace para convencer a adolescente Megan Meier de que estava conversando com um garoto de 16 anos chamado Josh Evans. O falso rapaz dizia amar Meier. Depois, começou a enviar mensagens cruéis para a menina.
Ao receber o recado “o mundo seria um lugar melhor sem você”, no dia 16 de outubro de 2006, a garota se suicidou.
Em nota, o MySpace informou que “respeita a decisão do júri e que vai continuar a trabalhar com especialistas da indústria para aumentar a consciência das pessoas sobre o cyberbullying e os males que ele pode causar”.
No julgamento, Lori disse que não criou um perfil falso na rede social e tampouco enviou mensagens a Meier. Em uma entrevista no começo deste ano, Grills admitiu ter criado o perfil, mas disse que foi Lori quem escreveu algumas das mensagens para Megan. O trote teria surgido para saber o que a adolescente pensava sobre a filha de Lori, que era amiga da vítima.
Segundo o jornal New York Times, a acusação oficial contra Lori Drew era de crime de conspiração e acesso a internet via rede interestadual para obter informações de cunho pessoal ou emocional.
Pelo caso, classificado como o primeiro julgamento nos Estados Unidos por intimidação cibernética, Lori Drew pode ser condenada a três anos de prisão, em audiência fixada para 29 de dezembro.
Morte de Megan Meier (foto) após bullying no MySpace provocou o julgamento de Lori Drew
Foto:
Reprodução, Megan Meier Foundation
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