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Internet  | 20/11/2008 15h45min

Julgamento revela detalhes sobre morte de jovem ofendida no MySpace

Caso envolvendo site de relacionamento pode abrir precedente na justiça norte-americana

A mãe de Megan Meier, Tina, a adolescente que matou-se depois de ser insultada por colegas no site de relacionamentos MySpace, revelou detalhes da morte da filha no início do julgamento de Lori Drew, acusada de conspiração e uso de computador sem autorização.

O caso, ocorrido há dois anos, envolveu Lori e sua filha, Sarah. Ambas criaram, junto com uma terceira amiga de Sarah, uma conta falsa no MySpace para investigar se Megan Meier as estava difamando na rede social.

Um rapaz, chamado de Josh Evans, foi inventado pelo trio, e começou a flertar com Megan. Após algumas semanas de contato, Megan recebeu na caixa de mensagens a frase: “o mundo seria um lugar melhor sem você. Tenha uma porcaria de resto da vida”. No mesmo dia do recado, ela matou-se.

Segundo os promotores, a perseguição na rede social resultou na morte de Megan. A acusação sustenta que Lori sabia que a menina tinha problemas psicológicos e que o objetivo imprimir os diálogos mantidos pelo MySpace e depois levar para a escola em que Megan e Sarah estudavam.

A mãe de Megan revelou que a menina era tratada por depressão e déficit de atenção. Ela mesma já orientara Megan a não envolver-se em relacionamentos online.

– As últimas palavras de minha filha para mim foram: 'você deveria ser minha mãe, deveria estar do meu lado' – narrou Tina Meier.

Mais tarde, Tina subiu até o quarto da filha e a encontrou enforcada com um cinto no preso ao guarda-roupa. Ela não resistiu e morreu no dia seguinte.

Lori Drew, a ré, declarou-se inocente das acusações. O advogado chegou a pedir o anulamento do caso, alegando que o depoimento da mãe de Megan não tinha relação com as acusações,  relacionadas ao campo da informática. Cada acusação pode levar a cinco anos de cadeia.

Conforme o jornal inglês The Times, a promotoria não poupou munição.

– O objetivo dela (Lori Drew, a acusada) era provocar Megan Meier. Provocá-la, humilhá-la e machucá-la – declarou Thomas O'Brien, da acusação.

À defesa restou ater-se ao caso. Dean Stewart, advogado de Lori, disse que sua cliente não violou o Ato sobre Fraude e Violação de Computadores, e lembrou o júri de que Lori não sofria acusações relacionadas ao suicídio.

– Este não é um caso de homicídio – disse Stewart.

Outra estratégia da defesa é desviar o foco para a terceira pessoa envolvida, Ashley Grills, que, junto com Sarah e Lori Drew, criou a conta no MySpace. O advogado declarou que a acusada estava dirigindo no momento em que a mensagem final de Josh foi enviada, deixando a suspeita recair sobre Ashley.

Ashley Grills, no entanto, ganhou imunidade para testemunhar contra Lori Drew. O caso está sendo julgado em Los Angeles, onde ficam os servidores do MySpace.

Comentários

Felipe

Denuncie este comentário10/12/2008 21:22

Tomara que ela seja presa, e pague pelo que cometeu. como seria justo se houvesse uma lei que punisse as pessoas de praticarem isso contra os outros. por isso hoje em dia há muitas pessoas com depressão no mundo e se suicidando.

Reprodução, Megan Meier Foundation  / 

Caso envolvendo Megan Meier pode abrir precedente para julgamentos de cyber-bullying nos EUA
Foto:  Reprodução, Megan Meier Foundation


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