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Internet  | 17/11/2008 15h23min

EUA julgam caso que envolve MySpace e morte de adolescente

Dona de perfil falso é acusada de descumprir termos da rede social para assediar menina de 13 anos

Começa a ser julgado nesta semana, nos Estados Unidos, o caso que envolveu a morte da adolescente norte-americana Megan Meier, 13 anos, e uma mulher de 49 anos chamada Lori Drew. Lori deve ser julgada por ajudar a criar uma identidade falsa utilizada para assediar Megan, cujo suicídio coincide com um dos ataques via MySpace.

Em 2006, a senhora Drew, de O'Fallon, Mossouri (EUA), criou, junto com a filha e uma amiga uma conta no site de relacionamentos MySpace.

O perfil falso foi utilizado para aproximar-se de Megan, que enfrentava problemas de depressão.

Através da conta fictícia, foi criado o perfil falso de “Josh Evans, 16 anos”, rapaz que passou a aproximar-se de Megan pelo site. O flerte durou por seis semanas, e incluía elogios e declarações à Megan, chamando-a de sexy.

Ao final das seis semanas, o grupo resolveu dizer que “Josh” iria partir. Megan apelou imediatamente ao saber da notícia: “Oh, sexy Josh, você é tão doce... se você se afastar eu vou ficar tão para baixo...”.

Morte ocorreu no mesmo dia do rompimento

Vários dias depois, “Josh” entrou em contato novamente dizendo que amava Megan.

Depois, a menina recebeu uma nova mensagem dizendo que o mundo seria um lugar melhor sem ela.

Megan enforcou-se no mesmo dia. Lori e as garotas envolvidas no caso deletaram o perfil.

Conforme o site The Times, especialistas dizem que o caso poderia representar um marco na lei de internet. Os argumentos para o indiciamento de Luri Drew geralmente se aplicam a crackers que ilegalmente acessam contas para obter informações, e não fora utilizado, ainda, para processar alguém por enviar mensagens.

Julgamento não envolve culpa pelo suicídio

O MySpace diz ter colaborado completamente com as investigações da promotoria norte-americana. A rede social reiterou que os membros concordam com um termo de serviços que inclui não promover informações que eles reconheçam como falsa, não solicitar informações sobre alguém com menos de 18 anos e não utilizar as informações obtidas pelo site para “assediar, abusar ou assediar outras pessoas”.

Na semana passada, o juiz autorizou a apresentação de evidências do suicídio, o advogado de defesa protestou, salientando que Lori Drew não está sendo julgada por causar o suicídio de Megan, mas sim por descumprir os termos de serviço do MySpace.

Enquanto as opiniões se dividem entre favoráveis e contrárioas, todos corcordam que o caso deve ir à instâncias superiores da Justiça norte-americana. Os pais de Megan criaram uma fundação em homenagem à filha. Para acessar, clique aqui.

Reprodução, Megan Meier Foundation  / 

Caso envolvendo a morte de Megan Meier será julgado nos EUA e pode ser um marco para a lei de internet no país
Foto:  Reprodução, Megan Meier Foundation


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