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Eleições  | 04/11/2010 03h42min

Deputados federais eleitos no Estado gastaram R$ 28,3 milhões na campanha

Deputados federais gaúchos desembolsaram, em média, R$ 915,9 mil para chegar ao Congresso

O ex-goleiro gremista Danrlei fez a campanha de melhor “custo-benefício” das últimas eleições à Câmara no Estado. Eleito com a quarta maior votação do Estado, o candidato do PTB declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) gastos de R$ 196 mil na sua tentativa de se eleger deputado – ou apenas R$ 1,12 para cada um de seus 173.787 votos conquistados.

Ao todo, somente os 31 eleitos gastaram R$ 28.393.252,29 – uma média de R$ 915,9 mil por candidato.

> Veja quanto "custou" cada voto em 20 dos 31 deputados federais eleitos

O deputado José Otávio Germano (PP) foi o dono da campanha mais cara do Estado para a Câmara. Germano, que ficou em 14° entre os mais votados, declarou gastos de R$ 2,46 milhões, conquistando 110.788 votos – uma relação de R$ 22,27 por voto, ou 20 vezes mais do que o desembolsado por Danrlei.

Ouvido pela Rádio Gaúcha, José Otávio disse que declarou “cada centavo” do que recebeu e gastou na campanha. Deixou no ar a insunuação de que nem todos os candidatos fizeram o mesmo.

A campanha de José Otávio foi R$ 1 milhão mais cara do que a de Manuela D’Ávila, a terceira que mais gastou entre os candidatos a deputado federal. Com 482.590 votos, Manuela, no entanto, acabou desembolsando apenas R$ 2,17 por voto, o melhor desempenho depois do ex-goleiro.

Dionilso Marcon (PT) teve a terceira campanha mais barata entre os eleitos para a Câmara e também a terceira melhor relação custo por voto: foram R$ 282.487,45 para 100.553 votos, ou R$ 2,80 por voto. Na outra ponta, os Onyx Lorenzoni (DEM) e Luiz Carlos Busato (PTB) gastaram respectivamente R$ 1.370.369,15 e R$ 1.265.697,20 para conquistarem suas vagas, em média R$ 16,17 e R$ 14,74.

Dos 31 candidatos que chegaram a Brasília, 13 tiveram campanhas literalmente milionárias, com gastos acima de R$ 1 milhão. Destes, seis conseguiram somar mais de 100 mil votos e ficar entre os 10 mais votados, o que acabou derrubando o valor do custo por voto. Apenas um deputado eleito entre os 10 mais votados – Marco Maia (PT) – gastou mais de R$ 10 por voto.

 

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