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Eleições  | 04/10/2010 11h44min

Germano Rigotto diz que o PMDB "se abandonou" e que o Senado perde com sua derrota

Ex-governador falou com o Pioneiro na manhã desta segunda-feira

Roberto Nielsen  |  roberto.nielsen@pioneiro.com

O Pioneiro foi o veículo escolhido pelo ex-governador Germano Rigotto (PMDB) para a primeira entrevista após a derrota sofrida nas urnas no domingo. Embora tenha feito 2,4 milhões de votos, as duas vagas gaúchas para o Senado foram ocupadas pelo já senador Paulo Paim (3,8 milhões) e pela jornalista Ana Amélia Lemos (3,4 milhões).

Rigotto, a mulher, os dois filhos e poucos assessores acompanharam a apuração e a repercussão da derrota a partir do apartamento da família, localizado no bairro Exposição, em Caxias do Sul. O grupo pediu cinco pizzas de uma telentrega e a primeira manifestação do candidato ocorreu somente às 11h desta segunda-feira, por telefone.

Rigotto estava irritado com o fato de o jornal ter afirmado que ele havia se ''escondido'' no apartamento. A mulher, Cláudia, foi a porta-voz do desconforto:

— Um homem honrado, competente e trabalhador como o meu marido, de quem eu e minha família temos muito orgulho, não precisa se esconder. Nós apenas nos resguardamos — disse.

O ex-governador avaliou que em 2006 perdeu a eleição por "um acidente de percurso", se referindo aos 17 mil votos que o separaram do segundo turno. Agora, atribuiu a derrota ao fato de Ana Amélia (PP) e Paim (PT) "serem fortes e favorecidos. Uma por ser a novidade, outro por ter uma longa exposição na mídia". Ele também disse que o PMDB "se abandonou" e que "a minha derrota é uma consequência do atual estado do PMDB, que deve explicações". Também culpou as pesquisas, que "induziram os eleitores".

— O maior derrotado é o Senado, não sou eu — defendeu.

Por várias vezes, o governador reforçou que fez 2,5 milhões de votos, "mais do que o dobro do 1,1 milhão de votos de Yeda Crusius (PSDB) e um milhão a mais do que o candidato do seu partido ao governo, José Fogaça".

Sobre o futuro político, disse que continuará trabalhando no Instituto Germano Rigotto, criado após a derrota de 2006.

— Vou seguir estudando, dando aulas e palestras, formando opinião e contribuindo, mesmo sem mandato, com a vida política do país — afirmou.

Sobre cargos em governos, afirmou que "é muito cedo para qualquer análise".

Por fim, Rigotto elogiou o desempenho da administração do prefeito José Ivo Sartoti, do PMDB de Caxias do Sul, que elegeu a mulher, Maria Helena, e o vice, Alceu Barbosa Velho (PDT), para a Assembleia.

Confira a galeria dos candidatos ao Senado.

Confira gráficos que mostram o desempenho de candidatos e partidos no Brasil, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina:

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