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Eleições  | 27/10/2010 03h04min

Antecipação de licitação do metrô de SP vira munição na guerra de denúncias do segundo turno

Suspeita barra obra e se torna o novo ingrediente do embate entre Dilma e Serra

Seis dias antes do segundo turno, o resultado de uma licitação do metrô de São Paulo põe mais pimenta na já conturbada eleição presidencial. Embora divulgado oficialmente no dia 21 de outubro, o resultado era sabido desde abril.

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo publicada na terça-feira, o jornal obteve em 20 de abril os nomes dos consórcios de empreiteiras que venceriam as licitações para realizar as obras na linha 5-lilás, bem como os trechos de cada uma. O jornal registrou os nomes em vídeo e em cartório nos dias 20 e 23 de abril, e aguardou que o processo corresse normalmente. Seis meses depois, os nomes dos consórcios e dos trechos se confirmaram. A Folha não divulgou como obteve o resultado antecipado.

O fato novo se insere em uma longa lista de denúncias desta eleição (ver quadro) e já foi explorado no programa eleitoral de Dilma Rousseff (PT), ontem. A narração sobre um recorte da Folha de S.Paulo diz que José Serra (PSDB) terá de explicar a denúncia sobre o metrô, “um negócio de R$ 4 bilhões”.

Os consórcios vencedores foram: Galvão-Serveng (lote 2), Andrade-Camargo Corrêa (3), Mendes Junior Tranding e Engenharia (4), Heleno & Fonseca-Triunfo Iesa (5), Carioca-Cetenco (6), Queiroz Galvão/Odebrecht/OAS (7) e CR Almeida/Consbem (8).

Diante do indício de fraude, a administração do metrô informou que vai investigar todo o processo de licitação. Em 26 de abril, dias depois de o jornal obter o resultado, o processo chegou a ser reiniciado para que as empresas reformulassem suas ofertas. No entanto, o nome das empreiteiras vencedoras se mantiveram os mesmos.

A Folha obteve o resultado 18 dias depois de José Serra (PSDB) deixar o governo do Estado para concorrer à Presidência (em 2 de abril). Foi na sua gestão que a licitação foi aberta, em outubro de 2008. Ontem, Serra defendeu que a licitação seja suspensa e o caso investigado, mas isentou de culpa a administração do metrô.

— Eu lembro, eu não era mais governador, que o metrô inclusive anulou uma concorrência porque não gostou dos preços apresentados e exigiu a diminuição dos preços. E isso aconteceu na outra licitação. Portanto, do ponto de vista dos custos, o metrô atuou impecavelmente. Se houve ou não entendimento entre os construtores, é uma questão que a meu ver deve ser investigada — declarou o candidato tucano.

 

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