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Eleições  | 20/07/2010 19h46min

Encontro reúne os três principais candidatos ao governo do Estado no Vale do Taquari

Tarso Genro, Yeda Crusius e José Fogaça tiveram 45 minutos cada para responder perguntas

Atualizada em 21/07/2010 às 00h02min Letícia Mendes  |  leticia.mendes@zerohora.com.br

Os três principais candidatos ao governo do Estado participaram de um evento na Univates, em Lajeado, no Vale do Taquari. Tarso Genro, Yeda Crusius e José Fogaça tiveram 45 minutos cada um para apresentar suas propostas de governo. 

O objetivo do "Encontro com os candidatos a governador" é ouvir os candidatos sobre os temas segurança pública, educação, saneamento básico, saúde, gestão e desenvolvimento regional e estadual.

O primeiro candidato a responder as perguntas foi Tarso Genro (PT), às 19h. Às 20h foi a vez de Yeda Crusius (PSDB), e, às 21h, de José Fogaça (PMDB). O encontro foi promovido pela Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari.

Confira os principais pontos levantados pelos candidatos:

TARSO GENRO (PT)

Saneamento básico

"A nossa proposta de política é o projeto Água para todos, que não só irá garantir o saneamento como amparar quem tem problemas com a estiagem. Também temos que fortalecer a Corsan, que está crise e tem tido problemas em tantos municípios, com recursos e uma profunda reforma. Temos que utilizar o PAC I e II para captar recursos federais e investir nessa área. Precisamos aproveitar essa folga dos recursos federais".

Segurança pública

"O modelo baseado em armas, veículos e coletes é apenas uma necessidade preliminar porque o essencial é ter um novo modelo de segurança pública. Hoje nós temos o Pronasci que tem como principal instrumento o policiamento comunitário. Além disso, temos que ter programas para retirar os jovens do poder do crime e colocá-los em programas de formação. Queremos instalar ainda os gabinetes integrados de segurança pública para que a inteligência da polícia trabalhe integrada para combater as raízes do crime".

Educação

"Sem resolver a questão salarial, nos não teremos uma educação séria no Estado, não com esse salário que os professores recebem hoje. Nós temos a Uergs que está na UTI e nós vamos reerguer. Na questão da educação profissional, formação técnica, universitária, nós temos uma rede espetacular que pode cobrir todo o Estado. O Rio Grande do Sul pode ter a melhor educação do Brasil, para isso temos que fazer um pacto para priorizar a educação".

Saúde

"Temos que regionalizar o atendimento das urgências e emergências. É uma solução para todas as questões das pessoas que não tem acesso a planos de saúde. Temos que colocar a disposição uma rede informatizada para fazer uma integração dos sistemas, para facilitar o atendimento e verificar a qualidade dos serviços. Temos que investir nos Posto de Saúde da Família, nas UPAs, que são as estruturas intermediárias. Além dos hospitais de média complexidade. Reforçar ainda mais a autoridade os conselhos municipais da saúde para que tenham controle sobre o uso dos recursos públicos da saúde".

Gestão

"O equilíbrio fiscal hoje é uma necessidade para se captar recursos nas agências internacionais. Não podemos aumentar a carga tributária porque já chegou ao seu limite. Há um equívoco que é feito quando se discute a questão do Estado, que é atribuir às pensões dos inativos a ruína do estado, isso não é correto. Os altos salários é que tem que ser revistos, esses tem que fazer uma poupança e depois financiar as suas aposentadorias, que hoje são financiadas pela contribuição dos outros. Temos que fazer essa transição e tirar esse peso dessas altas aposentadorias do Estado que não podem ser suportadas".

Desenvolvimento regional e estadual

"Queremos induzir o desenvolvimento e combater desequilíbrios regionais e promover o desenvolvimento em rede. Temos que fortalecer a matriz produtiva do Rio Grande do Sul. Isso não significa excluir grandes empresas, mas atrair de maneira adequada. Temos que preparara o terreno com financiamentos, mão-de-obra e qualificação. Se tivermos um incentivo tributário para uma empresa para ficar um pólo nos vamos utilizar para da para médias empresas para zonas que precisam. Vamos restituir aqui no Estado um seguro cambial que significa fazer um programa para que as empresas possam se proteger das crises cambiais".

YEDA CRUSIUS (PSDB)

Saneamento básico

"Fizemos um planejamento para resolver os problemas de saneamento da área rural e urbana. Para manter o saneamento em dia é preciso uma parceria entre a União, Estado e os municípios. Nós criamos uma rede de monitoramento de controle de cheias tão importante nesse período. Estamos criando um Fundo para Financiamento de Emergências também para atender as questões climáticas".

Segurança

"Nós recuperamos o efetivo da Brigada Militar, que hoje é visível no Estado. No campo da Defesa Civil fizemos oito regionais com equipamentos, que foi uma questão chamada permanentemente com as chuvas. Tudo que fizemos desde o primeiro dia de serviço foi regionalizar os serviços. Aumentamos os salários para todos os servidores públicos. Nós construímos novos planos de carreiras e aumentamos os salários. Temos ainda o Programa de Prevenção da Violência, que é parte desse caminho que está sendo construído".

Educação

"Nós assinamos as metas do Todos Pela Educação, que é um projeto nacional que diz quais são as metas que nós temos que nos colocar como país para sairmos desse lugar lamentável no ranking da educação. Nós fizemos a nossa parte. Fizemos um censo educacional para conhecer os nossos alunos. Buscamos melhorar os salários, investir no professor, que sabemos que precisa ser valorizado".

Saúde

"Demos prioridade a gestante e a primeira infância para tentar reduzir o índice de mortalidade infantil. Acreditamos que regionalizar é o caminho, já que a saúde precisa estar perto de você. O Rio Grande do Sul é o primeiro no Samu/Salvar, porque ele mantém as ambulâncias andando. Os indicadores nos mostram que recuperamos a segurança na saúde".

Gestão

"A gente praticou gestão desde o primeiro dia de governo. Nós temos reduzido alíquotas de impostos, dias após dia. A baixa das alíquotas levou ao crescimento em carteira assinada no Estado. O Estado vai bem , o governo vai bem, existe confiança. Isso é o reconhecimento de que o Rio Grande do Sul resolveu pisar no mundo real e não no mundo de promessas e críticas".

Desenvolvimento regional e estadual

"A Copa de 2014 será uma grande oportunidade. Até lá já vai estar concluída toda a 471, que vai fazer a ligação até o Porto de Rio Grande. A sustentabilidade é algo que nos rege em todo o nosso governo. Nós buscamos indicadores que nos dêem qualidade de vida, com emprego de boa renda, longevidade. Quero ajudar as pessoas a se desenvolverem no seu melhor, esse é o meu papel de governadora. Nesse sentido trazer a copa para nos e para os municípios que querem se desenvolver e mostrar no que eles precisam investir".

JOSÉ FOGAÇA (PMDB)

Saneamento básico

"A questão do saneamento é dramática no Rio Grande do Sul, embora tenhamos um serviço de distribuição de água nas zonas urbanas, o tratamento de esgoto deixa muito a desejar. Água e esgoto são essenciais para a saúde pública. O sistema do saneamento básico do Rio Grande do Sul depende de financiamentos. Depende de conquistarmos recursos junto à Caixa Econômica Federal para investir na construção de estações de tratamento e ampliar o serviço de tratamento de esgoto no Estado. Esse é um investimento prioritário. O trabalho que nós realizamos em Porto Alegre é um exemplo dessa prioridade. Em 2012 o Guaíba deve voltar a ter condições de balneabilidade graças ao tratamento do esgoto que está sendo realizado".

Segurança pública

"O Rio Grande do Sul tem um excesso de endividamento e vem resgatando seu equilíbrio financeiro, mas tem feito isso com uma restrição de contratação de pessoal, fazendo com que os serviços públicos cheguem quase em um nível de sucateamento. Temos que recuperar os serviços públicos. Queremos o desenvolvimento regional porque nas regiões é gerada a dinâmica produtiva capaz de gerar desenvolvimento econômico. Vamos criar um Comitê Gestor Regional que se reunirá com as forças ativas da região para saber quais as prioridades de cada local. O problema da segurança pública depende do seu sistema prisional. Nós temos um déficit de vagas que tem aumentado a violência no nosso Estado. Não há nada mais urgente do que a cobertura do aumento de vagas nos presídios".

Educação

"O Rio Grande do Sul deixou de ser o número um em qualidade na educação. Assim como as empresas o Estado tem que ter metas. Queremos desenvolver região por região as metas para que o Rio Grande do Sul melhore seus índices. Nossa principal meta é expandir as vagas no Ensino Médio para melhorar também a qualidade da mão-de-obra. No Ensino Médio de 15 a 18 anos, temos uma oferta restrita. Nós garantimos que os índices de escolaridade média podem chegar a 11 anos de permanência na escola".

Saúde

"A resolutividade é o princípio da gestão. O posto de saúde tem que oferecer três condições: médico, exames e receitas. Se nós desenvolvermos e capacitarmos as equipes dos Postos de Saúde da Família (PSFs) para isso vamos reduzir a procura nos hospitais. Através da qualificação dos PSFs e o fortalecimento dos hospitais regionais com uma maior distribuição de recursos, podemos resolver grande parte dos problemas da saúde".

Gestão

"Não há como aumentar os impostos, não há espaço para isso. O modelo de gestão que nós montamos em Porto Alegre integrando as secretarias com metas dois anos depois foi implantado no Estado. Sobre a questão da gestão, do controle e do equilíbrio da despesa com a receita eu não posso fazer promessas, eu preciso apresentar fatos. O fato é que o nosso modelo de gestão serviu de exemplo e ganhou sete prêmios. A eficiência na gestão significa não desperdiçar dinheiro, controlar os recursos e colocá-los a disposição da população".

Desenvolvimento regional e estadual

"Nenhuma obra que foi iniciada será interrompida, ela será concluída. Aquelas que não foram iniciadas serão feitas. Precisamos entender que o desenvolvimento e as conquistas de uma região virão através de uma agenda de prioridades elaboradas na região. É preciso trabalhar a partir da regionalização do orçamento e uma estratégia de desenvolvimento das regiões para torná-las mais competitivas. Vamos tornar isso efetivo. A sustentabilidade financeira é um dever de casa ainda não feito para atender às necessidades do Estado que nós vamos fazer".

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