Jogos decisivos não permitem erros. Qualquer vacilo pode ser fatal, ainda mais quando se enfrenta um adversário qualificado. Na última quarta-feira, na Ressacada, o técnico Silas resolveu inovar na escalação do Avaí. Improvisou o lateral-esquerdo Romano pelo lado direito e deixou o atacante Rafael Coelho, que na véspera foi beneficiado por efeito suspensivo, no banco de reservas.

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As alterações não deram certo. O Vasco entrou como quis pelos dois lados da defesa e obrigou o goleiro Renan a fazer difíceis defesas. No primeiro tempo, o meia Felipe, desmarcado, deitou e rolou.

Armou o time como quis, fez deslocamentos pela esquerda e pela direita, deu lançamentos precisos, contou com a parceria de jogadores inspirados, como o meia Diego Souza, autor do segundo gol, e o atacante Éder Luís, um dos mais acionados.

O pior é que a escalação equivocada fez Silas queimar a primeira substituição ainda na etapa inicial. Aos 29, ele tirou o volante Acleisson e colocou Rafael Coelho no time. Pouca coisa mudou.

O Avaí continuou sendo pressionado pelo Vasco de Felipe, Diego Souza, Éder Luís e companhia. Mesmo se esforçando, Romano não conseguiu levar vantagem. Faltava o pé direito. E lembrar que na estreia do Campeonato Brasileiro, contra o Flamengo, no Rio de Janeiro, o mesmo setor direito acabou pulverizado por Ronaldinho Gaúcho.

No segundo tempo, Silas tentou botar "fogo na partida". Trocou Marquinhos Gabriel por Estrada, depois Romano por Robinho. Nenhuma das tentativas deu resultado. Prevaleceu a maior experiência dos atletas vascaínos, que, de forma inteligente, se fecharam atrás, seguraram a pressão avaiana e liberaram o inspirado Diego Souza para puxar os contra-ataques. Que sirva de lição.