Puxada por Paulinho Mocidade, a Embaixadores do Ritmo foi a penúltima escola a desfilar no Carnaval do Grupo Especial de Porto Alegre. Com o enredo O que os olhos não veem, o coração não sente? provou no Porto Seco que o sentimento sempre prevalece.

Apesar do belo abre-alas com os ursos tradicionais da agremiação em movimento e uma escultura de São Jorge, todo o primeiro setor foi reaproveitado do Carnaval do

ano passado, com as mesmas alegorias e fantasias. A escola entendeu que as notas recebidas em 2011 foram injustas e quis dar uma nova chance aos avaliadores.  Reutilizar o material não é proibido pela regra, mas pode comprometer aos olhos dos jurados.
 
Passada a parte do protesto, a alvi-rubra apresentou as novidades preparada para este ano, como as fantasias confeccionadas no Rio de Janeiro muito bem acabadas e altas. Os magos da bateria, com chapéus pontudos e capas roxas, fizeram coreografias e paradinhas que foram bem recebidas pelo público, mais acanhado do que nos desfiles anteriores.

No entanto, o quinto e último carro, representando a magia, bruxaria e tecnologia, quebrou ainda na concentração e não entrou na avenida. Os destaques que estavam nele foram retirados de lá e cruzaram o Porto Seco a pé, criando um buraco entre a última ala e eles. Mesmo que o acidente não tenha ocorrido na passarela, comprometeu o enredo e a evolução da escola.

- Apesar do problema no carro, estou confiante em ficar numa boa posição - disse Girozinho, presidente da Embaixadores.