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 | 06/02/2012 01h25min

Governo propõe reajuste de 6,5% aos policiais militares em meio à onda de crimes na Bahia

Prédio da Assembleia Legislativa, invadido pelos grevistas, teve a energia elétrica cortada no domingo

Com a Assembleia Legislativa ocupada e um saldo de maios de 80 mortos desde seu início, na terça-feira, a greve da Polícia Militar (PM) na Bahia segue uma tendência de radicalização das corporações, cujo marco é a invasão do quartel general do Corpo de Bombeiros do Rio, no ano passado.

Na tarde de domingo, o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo, pediu a desocupação da Assembleia até a meia-noite, o que não ocorreu. A energia elétrica no prédio foi cortada. Segundo o secretário de comunicação do Estado Robson Almeida, os PMs receberam uma proposta de reajuste de 6,5% nos salários, porém, sem anistia aos grevistas. Os manifestantes ainda não se pronunciaram sobre a oferta.

O que acontece na Bahia é algo sem precedentes. A começar pelo comando dos protestos, que se iniciaram no dia 31 de janeiro. À frente dos grevistas, entrincheirado dentro da Assembleia Legislativa, está o ex-PM Marco Prisco, coordenador-geral da Associação de Policiais e Bombeiros e de Seus Familiares do Estado da Bahia.

De acordo com o líder, 80% da corporação está de braços cruzados. Pelos cálculos do governo, não passa de 30% a adesão. Prisco e outros 11 líderes tiveram mandado de prisão expedido pela Justiça baiana, mas até domingo apenas um havia sido detido. Faltam policiais para prendê-los. Os mandados devem ser cumpridos pela Polícia Federal, conforme determinação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

O socorro de Brasília também contempla a participação do Exército e da Força Nacional de Segurança, mobilizados no patrulhando ruas e avenidas. Conforme a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, mais de 2,5 mil soldados já desembarcaram em Salvador e outras cidades.

Frequentes desde a redemocratização do país, as reivindicações de PMs por melhores salários, com seus piquetes desorganizados e lideranças desarticuladas, fazem parte do passado.

Os protestos no Rio, no ano passado, com a invasão do Quartel General do Corpo de Bombeiros, e no Rio Grande do Sul, que contou com a queima de pneus e rodovias e avenidas, além da utilização de explosivos, são exemplos dessa nova tendência.

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