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Carnaval 2012  | 27/01/2012 07h03min

Carnaval: mais um ano no improviso

Valor gasto para montar e desmontar as arquibancadas e garantir o fornecimento de energia para o evento seria suficiente para construir um terço da estrutura fixa

EDUARDO RODRIGUES  |  eduardo.rodrigues@diariogaucho.com.br

Desde 2003, quando publicou o edital de licitação (concorrência pública) para construção da primeira parte das arquibancadas do Sambódromo, até o próximo Carnaval, em fevereiro, a prefeitura realiza o evento na base do improviso. Primeiro, foi o projeto de construção da estrutura definitiva que não decolou. Depois, o investimento anual que faz para montar e desmontar o espetáculo. Um custo alto para o público e para os cofres do município.

Cerca de R$ 2 milhões por ano

A partir de 2004, ano da inauguração do Sambódromo, a prefeitura passou a gastar cerca de R$ 2 milhões por ano para instalar as arquibancadas e garantir a geração de energia para os equipamentos. Nos últimos nove anos, a despesa bateu na casa dos R$ 18 milhões. O valor equivale a quase um terço dos R$ 50 milhões estimados hoje para construção de módulos fixos para receber os espectadores.

- Outros problemas no Porto Seco

Este ano, por falta de um plano de prevenção contra incêndio nos barracões, o desfile das escolas e tribos esteve ameaçado. O susto voltou a repetir-se no domingo passado, na abertura oficial do Carnaval, quando os bombeiros constataram que algumas exigências não tinham sido cumpridas. Mas tudo foi resolvido a tempo de a festa continuar. Mais uma vez.

Presidente reclama do desperdício

Presidente da Associação das Entidades Carnavalescas, Antônio Ademir de Moraes, o Urso, diz que as autoridades afirmaram uma coisa e fizeram outra.

- Tinham nos prometido entregar um equipamento pronto. Se tivessem investido na estrutura o que já pagaram de aluguel, teríamos metade das arquibancadas prontas. É preciso mais respeito com o dinheiro público. Chega - desabafou.

Empresário estuda parceria

O secretário da Cultura, Sergius Gonzaga, afirma que a prefeitura não dispõe de recursos para bancar o projeto, orçado hoje em cerca de R$ 50 milhões. A disputa por uma verba de R$ 15 milhões dos Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo, do Ministério do Turismo, ficou na cogitação.

Por enquanto, de concreto, só o interesse de um empresário baiano do ramo da construção civil em estabelecer uma parceria público-privada com o município para tocar o projeto.

- Ele pediu de 30 a 90 dias para pensar, mas não decidiu ainda. Se não for esta a alternativa, o prefeito pensa em fazer uma convocação pública ou buscar um financiamento a juros baixos no mercado -explicou Sérgius.

Saiba mais

Este ano, a prefeitura gastará:

- R$ 1,4 milhão com as arquibancadas
- R$ 600 mil com geradores de energia

O sambódromo

- A prefeitura lançou a licitação para o Sambódromo, em 2003. A previsão era de que toda a estrutura ficasse pronta em 2005. Porém, somente os barracões foram construídos.

DIÁRIO GAÚCHO

Comentários

Uanderson de Aquino  - 

Denuncie este comentário27/01/2012 19:45

Acompanho o carnaval de Porto Alegre a algum tempo, tive o privilegio de conferir os desfiles pela internet na época que este site transmitia ao vivo esses desfiles. Acho que o que esta faltando para o carnaval de Porto Alegre e sem duvida um sambódromo que possa comportar um maior numero de pessoas. Alem de Rio e São Paulo outras cidades já contam com sambódromo fixo, como é o caso de Vitoria e Manaus. Se a prefeitura não tem “ grana” a solução e parceria com a iniciativa privada! Aqui no Rio por exemplo quem esta financiando toda reforma da Sapucaí é a AmBev. Para tudo tem uma solução, basta antes de qualquer coisa de boa vontade do poder publico!

Andréa Graiz / Agencia RBS

Preparativos para a Folia estão sendo montados no Porto Seco
Foto:  Andréa Graiz  /  Agencia RBS


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