Artistas se reuniram na tarde deste domingo (18/12) no lado de fora da Usina do Gasômetro, na Capital, para protestar contra a interdição do espaço cultural e para celebrar os sete anos do projeto Usina das Artes, que cede salas do prédio para grupos desenvolverem seus trabalhos. A Usina foi lacrada na quarta-feira porque o Alvará de Prevenção contra Incêndios está vencido desde 31 de dezembro de 2008.

Durante a manifestação, os participantes se reuniram em uma roda no espaço lateral do prédio, de mãos dadas, entoando o grito "A Usina é nossa!". Depois, deram um abraço coletivo na fachada do prédio, pedindo sua reabertura. O grupo de teatro Ói Nóis Aqui Traveiz chegou caracterizado com o figurino da peça O Amargo Santo da Purificação. 



Mauro Vieira, Agência RBS
Participantes se reuniram em uma roda no espaço lateral do prédio, de mãos dadas

A coreógrafa e bailarina Eva Schul, do Coletivo de Dança da Sala 209, um dos grupos que atuam na Usina, afirma:

– O projeto Usina das Artes é uma das soluções mais democráticas na cultura de Porto Alegre. Em nossa sala, desenvolvemos desde atividades de formação até palestras.

Segundo o diretor da Usina do Gasômetro, Caco Coelho, os ajustes necessários no prédio para a obtenção do alvará serão realizados nesta segunda-feira (19/12), dia em que ele pretende pedir nova inspeção do Corpo de Bombeiros:

– Precisamos fazer ajustes como a substituição de cerca de 15 lâmpadas de emergência e a indicação de uma das escadas na planta do Plano (Plano de Prevenção
e Combate a Incêndio). Esperamos que a Usina seja reaberta entre segunda (19/12) e terça-feira (20/12).