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Carnaval 2011  | 03/03/2011 06h32min

Corre-corre para tudo brilhar no Sambódromo

Profissionais como a costureira Nilda Freitas, de Canoas, se apressam para deixar prontas a tempo fantasias e alegorias dos carnavalescos

Roberta Schuler  |  roberta.schuler@diariogaucho.com.br

Quem se encanta ao ver o elegante mestre-sala protegendo e apresentando o pavilhão da escola e cortejando a porta-bandeira, que conduz e apresenta o pavilhão, nem imagina a trabalheira que é confeccionar a fantasia do casal. A costureira Nilda Freitas, 57 anos, de Canoas, conhece bem o peso dessa responsabilidade.

Com mais de 20 anos de costura no Carnaval e mãe da porta-bandeira da Imperatriz Dona Leopoldina, Gislaine Freitas, 38 anos, a Gisa, Nilda vive a correria da finalização das fantasias de dois casais:

– Do grupo especial, estou fazendo para a Bambas da Orgia e para a Imperatriz Dona Leopoldina, da minha filha. Mas eu não posso mostrar nada – avisa Nilda, depois de esconder a sete chaves os segredos a serem revelados na avenida.

- Trabalho para dez pessoas

A confecção da fantasia do mestre-sala e da porta-bandeira começa cedo. Como boa parte do material não se encontra no Estado, Nilda viaja para o Rio de Janeiro em busca de plumas e pedrarias. Para a cabeça e o esplendor, por exemplo, é necessário contar com o trabalho de um soldador. Ao todo, o trabalho de costura, bordados e montagem, envolve dez pessoas. E demora tanto quanto uma alegoria para ficar pronto.

– É como uma planta de casa (que vai sendo construída). É um quesito, não posso deixar que nada errado aconteça – observa Nilda, que também costura para uma escola de Canoas e outras do Grupo Especial de Porto Alegre.

Segundo a costureira, por conta da riqueza de detalhes e diversidade de materiais, em média, uma fantasia não sai por menos de R$ 15 mil.

Pesada também é a própria roupa: a fantasia que Gisa usará este ano com seu parceiro Marcelinho, desenhada por Ubiratan Silva, da comissão de Carnaval da Beija-Flor, terá 50 mil pedras e pesará entre 35 e 40kg.

- Carnaval o ano todo

Fora do Carnaval, Nilda faz roupas de religião, mantém uma loja de aluguel de roupas de festa e confecciona vestidos de noivas e debutantes.

– Já entreguei fantasia na avenida – revela a costureira, que tem se mantido acordada nos últimos dias à base de um energético natural.

Assim como nos barracões das escolas, na casa dela, no Bairro Guajuviras, o clima é de muito trabalho contra o relógio.

– O Carnaval na minha casa são 365 dias por ano. Eu gosto muito, é um prazer – diz Nilda, sorrindo.

roberta.schuler@diariogaucho.com.br

DIÁRIO GAÚCHO
Andréa Graiz / 

Corrida para aprontar fantasias de Carnaval
Foto:  Andréa Graiz


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