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HISTÓRIA
As origens dos saltos ornamentais podem ser traçadas até o século 17, quando se desenvolveu devido à grande expansão da ginástica,
especialmente em países como a Alemanha e a Suécia. Durante o verão, os ginastas levavam seus equipamentos para as praias,
e acrobacias na água se tornavam parte da rotina de treinos. Os saltos estão mais relacionados à ginástica olímpica do que à natação,
mas associa-se à última devido ao fato de ser um esporte aquático.
NA OLIMPÍADA
Os saltos de plataforma apareceram pela primeira vez nos Jogos de 1904, em St. Louis (EUA),
quando foram incluídos no programa de natação masculina. Os saltos de trampolim entraram na Olimpíada de Londres,
em 1908, também apenas como modalidade masculina. As mulheres só começaram a competir em 1912, nos Jogos de Estocolmo,
e apenas na modalidade plataforma. Em 1920, em Antuérpia, foi criada a competição de trampolim feminino.
Como era previsível, a Alemanha e a Suécia dominaram as primeiras competições olímpicas.
Isso até a entrada em cena dos norte-americanos, que já conquistaram 46 das 75 medalhas de ouro disputadas.

A COMPETIÇÃO OLÍMPICA
Os competidores fazem uma série de mergulhos e marcam até 10 pontos, dependendo da elegância e da habilidade. Os pontos, então,
são adequados ao grau de dificuldade, o qual é baseado no número e nos tipos de manobras ensaiadas, como saltos mortais, pontas,
introduções e giros. Um salto mortal invertido com quatro voltas e meia, por exemplo, está entre os mais difíceis. Um grupo de sete
juízes tradicionalmente pontua o salto, avaliando elementos como proximidade, largada, execução e entrada na água.
Outros nove julgam o mergulho sincronizado. Quatro, a execução de saltos individuais, e cinco, a sincronia, a distância da plataforma
ou do trampolim, velocidade de rotação e introdução na água.
REGRAS BÁSICAS
A execução do salto
A saída deve ser suave, mas com bastante força. O momento da saída (decolagem) do trampolim ou da plataforma deve mostrar controle
e balanço. A altura ou a quantidade de subida que o saltador alcança no salto deve ser a maior possível. Altura significa mais tempo,
um salto mais alto propicia exatidão e maior suavidade nos movimentos. A execução do salto envolve performance mecânica, técnica,
forma e graça. Finalmente a entrada é significante, porque é a última coisa que o juiz vê. As duas coisas mais importantes na entrada são:
o ângulo (que deve ser o máximo vertical possível) e a quantidade de água espirrada (que deve ser a menor possível).
O julgamento do salto
No julgamento do salto, são considerados os seguintes princípios: a postura inicial do atleta, a altura da saída,
a execução do salto e a entrada na água. Estas partes separadas devem ser julgadas como um único movimento.
O que o saltador fizer dentro da água não deve ser considerado, apenas a impressão de uma suave e vertical entrada.
Notas e pontuação
Depois de cada salto, o árbitro faz um sinal (apito) aos juízes que, sem se comunicarem com os colegas, imediatamente mostram sua nota.
As notas variam de zero a 10:
salto muito bom: 8,5 a 10
sato bom: 6,5 a 8
salto satisfatório: 5 a 6
salto deficiente: 2,5 a 4,5
salto insatisfatório: 1,5 a 2
salto falho: 0
Das notas recebidas pelos juízes, a mais alta e a mais baixa são cortadas.
O restante é somado e multiplicado pelo grau de dificuldade do salto. Exemplo: um saltador recebe as notas 6, 5, 5, 5 e 4.
A nota 6 e a 4 são jogadas fora. Somam-se as três que valem: 15. Se o grau de dificuldade for de 2, os 15 pontos são multiplicados por dois. A nota final, nesse caso, será 30.
O número de saltos permitidos é definido da seguinte maneira:
Homens

Trampolim – 11 saltos (cinco obrigatórios e seis livres)
Plataforma – 10 saltos (quatro obrigatórios e seis livres)
Mulheres

Trampolim – 10 saltos (cinco obrigatórios e cinco livres)
Plataforma – oito saltos (quatro obrigatórios e quatro livres)
TIPOS DE SALTOS
Os saltadores podem escolher os seguintes tipos de saltos para a plataforma ou trampolim:
frente, costas, pontapé, revirado e parafuso. O sexto grupo, equilíbrio, é apenas usado nas competições de plataforma.
No ar, a posição do corpo do saltador pode ser esticada, carpada ou grupada:TIPOS DE SALTOS
Posição esticada
O corpo não pode estar flexionado na cintura, nos joelhos e nem nos braços.
Posição carpada
O corpo deve estar flexionado na cintura, as pernas e pés devem estar bem estendidos.
Posição grupada
O corpo inteiro se flexiona, com joelhos e ponta dos pés juntos.
PERSONAGEM
Medalha de prata na plataforma em 1976, em Montreal, aos 16 anos, Louganis entrou para a história como o melhor
saltador ao conseguir quatro medalhas de ouro – plataforma e trampolim em Los Angeles, 1984, e em Seul, 1988.
Em Los Angeles, no salto final da plataforma, Louganis realizou o "Salto da Morte" – um mortal reverso de três voltas
e meia na posição grupada. Um ano antes, um competidor russo tentara o salto e batera com a cabeça na tábua,
morrendo em conseqüência de fratura no crânio. Louganis desafiou o perigo e conseguiu o ouro com o salto mais espetacular da
história olímpica.
Em 1988, na fase qualificatória para a final do trampolim, um erro de cálculo assustou o mundo: no nono salto,
Louganis bateu com a cabeça na tábua. Apesar de não estar seriamente machucado, Louganis teve de se superar para passar à final,
mergulhando para chegar a seu terceiro ouro olímpico. Aos 28 anos, Louganis brigou até o último salto na plataforma contra o chinês Xiong Ni,
de apenas 14, pelo lugar mais alto do pódio. Após um salto magnífico de Ni, só havia uma chance de Louganis vencer: mais uma vez,
o Salto da Morte. Foi executado com brilhante perfeição pelo maior atleta da história do esporte.
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