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HISTÓRIA
O hipismo foi um dos esportes básicos nos Jogos da Grécia Antiga, quando já figuravam
corridas de carruagens e cavalgadas. Na Idade Média, a equitação teve um extraordinário
desenvolvimento. Sua origem está na caça à raposa, quando os cavaleiros perseguiam os
animais saltando cercas, rios e troncos. O sucesso ou fracasso da amazona ou cavaleiro
dependem da integração com o cavalo, por isso quem compete é o conjunto.
São três as modalidades olímpicas do hipismo, um dos poucos esportes em que mulheres e
homens competem em condições de igualdade: saltos, concurso completo de equitação (CCE),
também conhecido como evento de três dias, e adestramento.
SALTO
A prova de salto consiste em superar, se possível, sem cometer faltas,
uma série de obstáculos: verticais, de largura e combinados,
em várias categorias e de diferentes alturas. A disputa se realiza sobre
uma pista com percurso entre 700m e 900m de comprimento, com 12 a 15
obstáculos, alguns de até no máximo 1m60cm de altura. Vence o conjunto que tiver menos faltas no menor tempo.
Faltas - Os pontos perdidos dependem da falta realizada:
Derrubar um obstáculo ou o cavalo pisar no fosso de água: quatro pontos
Desobediência do animal (desvio ou refugo): na primeira vez, três pontos, na segunda,
seis, e na terceira o conjunto é eliminado
Queda do cavaleiro ou do cavalo: na primeira vez, oito pontos, na segunda, o conjunto é eliminado
Erro no percurso: o conjunto é eliminado
Ultrapassar o tempo concedido da prova: para cada segundo iniciado, o conjunto é penalizado em 0,25 pontos
OS OBSTÁCULOS (Salto e CCE)
Podem ser de dois tipos: verticais e de largura. Suas medidas não devem ser superiores a 1m60cm de altura e a 2m de largura.
No percurso, são numerados segundo a ordem em que devem ser superados.
Verticais - Todos os elementos que os compõem (grades, muros, cancelas e varas)
estão colocados no mesmo plano vertical do lado em que o cavalo inicia impulsão para saltar.
Por serem obstáculos sem profundidade, o animal só necessita fazer um esforço ascendente para superá-los.
De Largura - Sua dificuldade é maior do que a dos verticais. Para transpô-los,
o ginete tem que obrigar o cavalo a realizar um duplo impulso: na altura e na extensão.
Rio - Obstáculo de largura formado por um fosso de água com um anteparo
(cercas ou um pequeno muro, no lado da impulsão) de 50cm de altura no máximo,
que fixa a atenção do cavalo. A largura total não ultrapassa 4m50cm.
Combinados - Compostas por dois, três ou mais obstáculos, que exigem
mais de um esforço sucessivo. São formados por verticais e de largura.
A distância entre os obstáculos de uma combinação não pode ser inferior a 7m nem superiores a 12m.
Cada um deve ser superado em separado.
A modalidade saltos estreou nos Jogos de Paris, em 1900, mas esteve ausente em
Saint Louis, quatro anos depois, e em Londres, em 1908. Os saltos voltaram nos Jogos de Estocolmo,
em 1912, quando o adestramento e o concurso completo foram incluídos no programa olímpico.
A Olimpíada de Los Angeles, em 1984, é um marco na evolução da dificuldade das provas de salto.
Antes, as dificuldades concentravam-se somente na altura e na largura dos obstáculos.
Nos últimos 20 anos, a dificuldade maior passou a ser a condução do animal, ou seja,
a solução dos problemas entre os obstáculos, impostos pelo traçado.
ADESTRAMENTO
O adestramento exige perfeito entrosamento entre cavalo e cavaleiro.
Isto é demonstrado através de exercícios, também chamados de figuras,
que devem ser executados de memória em uma seqüência - reprise.
Para sua execução, o cavalo deve apresentar o que foi exigido pelo cavaleiro através das chamadas "ajudas".
Todas as figuras são avaliadas por cinco juízes através de notas de zero a 10 pontos.
Além das figuras, os juízes avaliam também através de notas os ares
(as andaduras básicas do cavalo - passo, trote e galope), a impulsão (a vontade de se mover),
a submissão (resultado das ajudas do cavaleiro), bem como a posição e as ações do próprio cavaleiro.
A competição olímpica consiste em três provas individuais e uma por equipes -
o Grande Prêmio de Adestramento. A prova final individual é uma reprise "kur" (movimentos livres) com música.
Nesta prova, inclui-se no julgamento o valor artístico da apresentação.
CONCURSO COMPLETO
O concurso completo de equitação (CCE) se desenvolve em três dias consecutivos
e consta de uma prova de adestramento, outra de resistência (chamada prova de fundo)
e uma competiçao de saltos. Todas elas requerem habilidade e um estreito relacionamento
e entrosamento entre cavalo e cavaleiro.
Prova de resistência - É formada por quatro etapas: duas marchas (uma por estradas e outra por trilhas),
um percurso de steeple (corrida de obstáculos em uma pista similar a dos hipódromos) e um percurso cross country,
que normalmente tem acidentes geográficos e obstáculos naturais, por um trecho de 4 mil metros de extensão.
PERSONAGEM
Não há momento mais emocionante no esporte do que a vitória.
E a medalha de ouro parece ter mais valor quando se superam os limites da dor.
Assim ocorreu com o alemão Hans-Guenter Winkler, formando conjunto com Halla,
na Olimpíada de Melbourne, em 1956. Na decisão, Winkler foi para a pista sentindo
fortes dores em uma das coxas, por causa de uma distensão muscular.
Quase sem forças para conduzir seu animal, o cavaleiro estaria fora da disputa por medalhas.
A égua Halla, porém, trabalhou por ambos.
Saltou todos obstáculos por si, quase sem comando, cometendo apenas uma falta. Winkler,
então com menos prestígio, suplantou os irmãos italianos Raimondo e Piero D'Inzeo,
segundo e terceiro colocados, respectivamente. A Alemanha conquistou também o ouro por equipes,
fato que se repetiu em Roma, quatro anos depois, ainda liderada por Winkler.
O BRASIL
O momento mais glorioso do hipismo brasileiro na história das olimpíadas foi a inédita
conquista da medalha de bronze por equipes nos Jogos de Atlanta, em 1996.
A equipe teve Rodrigo Pessoa, montando Tomboy, André Johannpeter, com Calei Joter,
Luiz Felipe Azevedo, com Cassiana, e Alvaro Afonso de Miranda Neto, com Aspen.
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